sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O que são os Programas Trainees


     A maioria das pessoas já ouviu falar em programas trainees, mas muitas delas não sabem exatamente o que é. É um estágio? É um treinamento? É um emprego? Como funciona? Nesta coluna, você conseguirá entender o que realmente é um programa destes.
     Trainee não é um estágio, é um emprego de carteira assinada em que importantes empresas do cenário nacional e internacional se propõem a oferecer um treinamento para profissionais recém-formados visando no final que estes possam assumir uma função gerencial. As vantagens que a empresa vê é selecionar um candidato que não traz vícios anteriores de outras organizações e, também, a garra e a vontade que um profissional recém-formado possui para construir seu nome, sua carreira e gerar resultados.
   Destina-se a jovens que estão cursando ou recém-formados no ensino superior. Normalmente, as empresas procuram profissionais que têm a graduação concluída a no máximo dois ou três anos. É exigido que este profissional tenha fluência na língua inglesa, quando não é solicitado mais um idioma estrangeiro como requisito do processo seletivo.
   Pode-se dizer que é uma seleção diferenciada que uma empresa faz, pois ela está buscando profissionais que possam assumir funções estratégicas e de liderança dentro da sua organização. Por isso, o processo seletivo é bastante longo e rígido.
    O método utilizado para selecionar este tipo de profissional é diferente do usual. A concorrência é grande e muitos são os que querem conquistar um cargo de trainee.  Então, o processo seletivo possui várias etapas e todas são eliminatórias. Em primeiro lugar, é avaliado o currículo on-line que o candidato cadastra nos sites dos programas. Após esta etapa, as empresas aplicam provas on-line que, normalmente, são de lógica, conhecimento gerais, português e inglês. Aqueles aprovados nesta etapa vão para dinâmicas de grupo. Os sobreviventes desta fase são orientados a resolver um case e apresentá-lo no final. A próxima etapa é o painel, onde os candidatos preparam um material solicitado pela empresa para apresentação no dia da entrevista com os gestores. A entrevista com os gestores é a etapa final antes do encerramento do processo. É óbvio que existem variações dentro deste processo, mas em geral é este o caminho seguido pelas organizações na hora de selecionar seus trainees.
     Após a contratação, o programa tem duração média de 6 meses a 2 anos. O trainee passa por várias áreas da companhia, participando de projetos diferentes, trabalhando com equipes diversas e realizando tanto tarefas operacionais quanto mais estratégicas na liderança de um projeto. Isto permite que ele desenvolva uma visão geral do negócio, passando a entender um pouco de tudo e podendo compreender melhor as necessidades de fornecedores e clientes.
      Nesse período, a empresa passa avaliando o desempenho do trainee para no final efetivá-lo em uma função gerencial, procurando alocá-lo na área em que se sair melhor e que tem mais competência para realizar um bom trabalho. Por esta avaliação ser constante, é preciso que o trainee se esforce e procure estar sempre melhorando e se aprimorando.
     As vantagens em participar deste tipo de programa é que você inicia a sua carreira desenvolvendo competências importantíssimas, agrega uma empresa de valor em seu currículo e obtém um salário melhor do que aquele que conseguiria pelos canais normais. E, o mais importante, ganha a oportunidade de crescimento que levaria anos para conquistar entrando na organização pelo meio comum. Por isso, aproveite o segundo semestre que é quando estes programas se iniciam para buscar esta oportunidade única em sua carreira.



segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Criando Necessidades como Steve Jobs


                 Sei que o tema Steve Jobs foi meio batido há dez meses, quando este veio a falecer. Foram muitas as reportagens, crônicas, matérias e livros sendo lançados a este respeito. Porém, faz pouco mais de um mês que eu resolvi ler o livro biografia escrito por Walter Issacson (Steve Jobs por Walter Isaacson).
                Para minha surpresa, me peguei super entretida com o livro. Foi daqueles que a gente acaba dormindo mais tarde, porque quer ler mais um pouquinho, quer saber o que aconteceu depois, sabe? É um livro que retrata toda a sua trajetória empresarial, tanto seus sucessos quanto seus fracassos. Permite-nos conhecer um pouco de sua personalidade, o que para mim, psicóloga, é de extremo interesse. É possível conhecer seu lado luz e seu lado sombra, tanto os seus pontos positivos quanto aqueles negativos.
                Mas, uma questão durante a leitura me marcou bastante e é isto que eu quero dividir com vocês hoje. Para quem leu a coluna na semana passada, é uma pimentinha que quero introduzir nos pensamentos dos leitores.  Steve Jobs falava que se tratando de tecnologia os clientes nem sabem que precisam de alguma coisa.
                Foi assim que ele foi criando necessidades ao criar o Iphone, Ipod e Ipad. Nós nem sabíamos que “precisávamos” ter mais de mil músicas em um pequeno aparelho portátil. Nós não imaginávamos como ter acesso à internet em qualquer lugar que estivéssemos fosse tão importante. Ou então, que o modo de leitura ia ser revolucionado desta forma com os tablets.
                 Mas, e o que isto tem haver com o mundo corporativo? TUDO! Eu me pergunto: Será que é só na área de tecnologia que os clientes não sabem do que precisam? Será que é preciso inovar e criar algo diferente somente neste campo? Será que os clientes sabem todas as necessidades que tem? E se sabem, será que conhecem as soluções? Será mesmo que na natureza nada se cria, tudo se copia?
                Eu acredito que em qualquer área que estamos atuando devemos usar a nossa criatividade para fazer diferente. É preciso pensar que qualquer empresa deve ter os seus diferenciais para satisfazer as necessidades de seus clientes. É preciso parar de copiar e começar a transformar.
                Se pensarmos, por exemplo, nos processos seletivos. É sabido que as empresas estão com grande necessidade deste serviço, pois o mercado está contratando muito. Porém, o que eu escuto é que nem sempre esses processos feitos do modo convencional são efetivos. Será que aquela pessoa que inventar uma nova forma mais efetiva de realizar um processo seletivo não atrairá mais clientes e criará uma nova necessidade neste mercado? Algo até então não pensando e imaginado.
                Vamos botar a cabeça para funcionar e pensar em como inovar em nossas áreas de atuação. Como eu posso fazer diferente? Como eu posso transformar o meu trabalho em algo inovador? O que fazer para satisfazer cada vez mais clientes, sejam internos ou externos? Plante as pimentinhas ao seu redor e colha diferenciais competitivos.



sábado, 18 de agosto de 2012

Sessão Eventos

Pessoal, é com muito orgulho que divido com vocês a nova sessão do blog chamada Eventos. Ali serão divulgados todos os eventos que terão a minha participação. 

Convido-os a conhecer: 

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

CURSO: PLANEJAMENTO DE CARREIRA

Pessoal, eu e a minha colega de trabalho Gessieli organizamos este curso com muito dedicação para todos aqueles que tem dúvidas na hora se escolher o que fazer de sua profissão, não sabem montar seu currículo adequadamente e se perdem na hora de definir qual postura adotar perante ao mercado.

Confira:


Interessados podem encaminhar um e-mail para ericahalty@gmail.com

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Assumindo as Rédeas da Própria Vida


                Muitas vezes não percebemos o poder que temos em nossas mãos para direcionar a nossa vida para onde queremos. As rédeas estão entre nossos dedos, basta sabermos para onde desejamos ir e guiar nesta direção. Para isso, é preciso assumir esta responsabilidade verdadeiramente e, assim, ampliar nossas possibilidades de resultados assertivos e positivos.
                E você, como quer viver a sua vida? Para que direção vai levar as rédeas que está segurando? Diante da situação apresentada pela vida, o que você quer que aconteça? Qual o resultado que você quer obter?
                O Coaching trabalha enfaticamente com este conceito de assumir a responsabilidade. Parte da premissa de que se o cliente continuar pensando que suas crises ou seus problemas são decorrentes de fatores externos, não terá sucesso no processo. Pois se o problema está fora da gente mesmo, não há nada a ser feito ou modificado. Não é verdade?
                É comum observarmos dentro das organizações colaboradores justificando o não cumprimento de prazos e atividades dando explicações tranquilizadoras a quem questiona. Explicações tranquilizadoras são aquelas em que coloco a culpa fora de mim. Tranquilizam-me, porque desta forma sou considerado “inocente”. Por exemplo: “Eu não entreguei o relatório porque o sistema caiu, não fiz a minha parte, pois o colega não me entregou a sua”,... Essas explicações acabam com a possibilidade de ação e me coloco como vítima da situação, mostrando-me impotente.
                Durante o processo de Coaching aprendem-se as explicações geradoras. Estas me incluem tanto como parte do problema como da solução, transformando-me em protagonista. Assim, eu aviso antecipadamente o meu chefe que entregarei o relatório depois, pois o sistema está fora do ar, permitindo que ele se organize diferente. Acordo mais cedo para ir ao trabalho de ônibus, já que o carro está estragado. Faço seguimento com o meu colega do seu trabalho para que eu possa cumprir a minha parte no prazo estipulado. Então, os problemas não deixam de existir, mas passo a lidar de uma forma mais positiva e resolutiva com eles.
                Veja a seguinte situação, muito corriqueira no ambiente organizacional. “Meu chefe é um injusto, não aguento mais o meu chefe, ele não me valoriza”. Provavelmente, você já ouviu ou disse algo semelhante. Não é muito diferente dizer: “Eu não sei como fazer para que o meu trabalho seja reconhecido”?
                Na situação número um, estou dando uma explicação tranquilizadora, tirando de mim a responsabilidade por ser reconhecido, tornando-me vítima das circunstâncias e fechando todas as possibilidades de ação. A mudança depende somente da modificação de atitude do meu chefe, delegando a ele o poder que tinha em minhas mãos, dando-lhe as rédeas da minha vida.
                Já no segundo momento, assumo minha falta de competência para ser valorizado, mas assumo o poder para pensar e ter atitudes diferentes que serão operacionalizadas por mim e que podem trazer o resultado que eu espero.
                Mudando esta ótica saímos da nossa zona de conforto, expandindo as nossas possibilidades de ação e de atingir os resultados desejados. Experimente!


terça-feira, 7 de agosto de 2012

Como Vencer a Vontade de Adiar

No final do ano passado, já havia publicado em meu blog um artigo sobre o tema procrastinação:
http://www.ericahalty.blogspot.com.br/2011/12/utilizando-o-tempo-de-forma-estrategica.html

Mais tarde, o mesmo artigo foi publicado em minha coluna no Jornal Folha Gaúcha, no mês de março de 2012:
http://www.ericahalty.blogspot.com.br/2012/03/coluna-no-jornal-folha-gaucha-ed-045.html

E, agora, no dia 04 de agosto saiu uma reportagem no jornal Zero Hora  de Itamar Melo falando sobre este assunto e que eu achei muito interessante compartilhar com vocês, pois vem de encontro e complementa o anterior já postado aqui no blog, mostrando alguns resultados de uma pesquisa sobre o tema. Segue:

Vá em Frente! Como vencer a vontade de adiar

Pesquisa com 4.102 entrevistados em 22 Estados revela que 97,4% protelam atividades do cotidiano como a ida ao médico

Itamar Melo

Se você acha que deveria ler esta reportagem, mas já está pensando em deixar para depois, significa que faz parte do maior contingente populacional brasileiro: o dos procrastinadores.
Uma pesquisa realizada com 4.102 pessoas de 22 Estados descobriu que 97,4% admitem adiar atividades no seu dia a dia. O levantamento, da Triad Productivity Solutions, empresa especializada em produtividade, também apontou aquelas tarefas que os brasileiros mais empurraram com a barriga nos últimos meses: exercícios físicos (68%), leitura (64,5%), cuidados com a saúde (52,7%) e planejamento financeiro (46,8%).
Por que os brasileiros deixam essas coisas para depois, e não outras? Uma questão apresentada na pesquisa dá a mais óbvia das respostas. Segundo 86,5% dos entrevistados, as tarefas adiadas são aquelas consideradas chatas. Mas, essa não é toda a história. No levantamento, os brasileiros deixaram claro que postergam mais encargos pessoais do que profissionais.
- Na vida pessoal, em alguns casos, ninguém fica cobrando que você leia determinado livro. No trabalho, você tem chefe, colegas e clientes que esperam resultado - interpreta Christian Barbosa, especialista em produtividade e principal executivo da Triad.

Deixar para depois pode ser perigoso

Para desconsolo geral, os adiamentos não são inofensivos. O cardiologista Fernando Luchese observa que duas das atividades mais proteladas, o exercício físico e o cuidado com a saúde, podem ter consequências graves: a pessoa não se cuida e, quando vai ao médico, pode ser tarde demais.
- Escrevi 16 livros, e o que menos vendeu foi Desembarcando o Sedentarismo, sobre a importância da atividade física. Se tivéssemos que escolher uma só bala para proteger a saúde, seria o exercício - diz Lucchese.
Um outro dado que chama a atenção diz respeito aos motivos que levam os brasileiros a procrastinar. Os dedos acusadores são direcionados principalmente para a internet: 62,3% confessaram se perder em blogues e redes sociais. Alegaram falta de energia um contingente de 60,4%. A terceira opção mais votada, com 44,1%, foi a mais simples de todas: "Tenho preguiça".
Com tantos motivos para não ir em frente, você merece os parabéns se conseguiu chegar ao fim desta reportagem sem protelamento. Ela própria teve lá seus percalços. Estava prevista para sair há duas semanas. Mas foi adiada.

Campeões de adiamento

Profissionais da área falam sobre as quatro atividades que os brasileiros mais deixam para depois:

- Exercício físico e academia
José Haroldo Loureiro Gomes, o Arataca, treinador-chefe da equipe de atletismo da Sogipa e diretor-técnico da Confederação Brasileira de Atletismo

Situação: Adiado por 68% dos brasileiros nos últimos meses

As consequências:
  • Arataca lembra que, segunda a Organização Mundial da Saúde (OMS), ter tonicidade muscular e boa condição cardiorrespiratória são fundamentais para a qualidade de vida. É com exercício físico que se obtém isso.
  • Quem faz exercícios regulares tem mais disposição, inclusive para trabalhar.
  • Também está comprovado, observa ele, que a prática regular de exercícios aumenta a expectativa de vida e a imunidade a doenças.

Como vencer a preguiça:
  • O treinador da Sogipa diz que, quando se começa a praticar exercício, a dor é maior do que o prazer. Ele sugere começar devagar, para o sofrimento não desanimar, e ir aumentando a carga gradualmente. Com o tempo, a pessoa não terá mais dor e sentirá falta da sensação de bem-estar quando não se exercitar.
  • Quando chega a hora do exercício, a dica é simplesmente praticá-lo, sem pensar. Se a pessoa pensar, vai encontrar mil razões para não fazer o exercício, contra só uma para fazê-lo.
  • Outra dica é deixar antecipadamente tudo pronto para a hora do exercício.

- Leitura
Homero Vizeu Araújo, professor de Literatura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Situação: Adiada por 64,5% dos brasileiros nos últimos meses

As consequências:
  • Araújo observa que a redução do contato com a palavra escrita, motivada por outros apelos, pode ter efeitos na concentração, uma vez que a leitura tende a favorecer essa habilidade.
  • A leitura pode aprimorar a capacidade de expressão e de argumentação do indivíduo, principalmente por escrito. Essa é uma capacidade que faz diferença, inclusive no mercado de trabalho e na educação (basta lembrar do peso da redação nos vestibulares).
  • Julgamentos mais sólidos e a capacidade de acompanhar argumentações complexas também são favorecidas pela prática da leitura, segundo o professor.

Como vencer a preguiça:
  • Araújo sugere cuidado na escolha do que se vai ler, para que a leitura não se torne difícil. Isso inclui prestar atenção na extensão do texto e no formato do livro.
  • Um dica fundamental é escolher um livro pelo qual realmente se tenha interesse e do qual realmente se tire prazer, sem se preocupar com os preconceitos. Se a pessoa tem dificuldade com mergulhar na leitura, não deve insistir em ler títulos intimidatórios.
  • Em lugar de ler o Dom Quixote, talvez seja o caso de começar por uma adaptação da obra, com menos páginas e texto mais simples. Com o tempo, a pessoa pode se sentir preparada para leituras mais complexas.

- Saúde
Fernando Lucchese, médico cardiologista e autor de livros sobre saúde

Situação: Adiada por 52,7% dos brasileiros nos últimos meses

As consequências:
  • Há uma frase que os médicos estão acostumados a ouvir: "Não sabia que fazia tanto tempo que não consultava". O descuido, usual, pode significar um agravamento de condições que poderiam ser tratadas sem maior dificuldade se detectadas precocemente.
  • O cardiologista cita como exemplo o câncer de próstata. Os homens só morrem dessa  doença porque não ficam atentos e não procuram o médico quando surgem os primeiros sinais.
  • Quem adia consultas acaba descobrindo que está doente apenas quando a situação já é grave e, muitas vezes, irreversível.

Como vencer a preguiça:
  • É importante manter uma rotina de cuidados com a saúde. Lucchese sugere reservar um período do ano a fazer de uma vez só todos os check-ups. Dessa forma, a pessoa só se preocupa com isso uma vez.
  • Outra dica é levar a sério qualquer dor, mancha ou nódulo que aparecer.
  • A procrastinação em assuntos de saúde é um problema masculino. As mulheres costumam ser cuidadosas. Lucchese recomenda que elas se arvorem em ficais da saúde da família.

- Planejamento Financeiro
Everton Lopes, economista e educador financeiro, autor do livro Seu Bolso no Divã

Situação: Adiado por 46,8% do brasileiros nos últimos meses

As consequências:
  • Quem não planeja as despesas, diz Lopes, fica sem saber para onde vai o dinheiro e pode gastar mais do que ganha.
  • O maior risco é o endividamento.
  • Quem não planeja não faz reservas e pode se ver em apuros no caso de um imprevisto, como um problema de saúde.
  • A falta de planejamento também significa não atingir objetivos maiores, como comprar um imóvel ou fazer uma viagem

Como vencer a preguiça:
  • Lopes sugere usar uma planilha eletrônica para o planejamento das despesas domésticas, o que facilita o controle. Elas podem ser baixadas de vários sites, inclusive o do economista (www.semprecomdinheiro.com.br)
  • Todas as despesas devem ser anotadas na hora, em um bloco ou caderno.
  • Basta reservar alguns minutos por semana a repassar os valores para a planilha. Sem isso, o trabalho fica complicado, e a pessoa pode desanimar.