sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Amar la trama más que el deselance


     O título da coluna de hoje é o nome de uma música, da qual gosto muito, do cantor uruguaio Jorge Drexler. Ainda que a música dele retrate sobre relacionamento, a mensagem desta frase é poderosa e eu gostaria de aproveitá-la para mais aspectos.
      É claro para mim que as pessoas (e eu me incluo nesse “as pessoas”) querem resultados em suas vidas. As nossas ações do cotidiano estão voltadas para alcançar algum objetivo no final: ganhar mais dinheiro, conquistar o emprego almejado, ficar magra(o), comprar um carro, encontrar um amor, graduar-se,...  Algumas coisas vêm rápido, outras demandam mais tempo e esforço. E como é o caminho para alcançar cada uma dessas coisas?                           
    É  evidente que quando conseguimos alcançar algum desses objetivos/resultados ficamos muito contentes e vibrantes. Às vezes esta felicidade dura um pouco mais, mas muitas vezes dura muito pouco. Pouco o suficiente para que em seguida já tenhamos um novo resultado a  ser atingido. E assim seguimos a vida: muita batalha e esforço, pouca comemoração e gratificação.
     Eu me questiono se isto é bacana. Esperar acontecimentos especiais para se sentir realizado, pleno e feliz é praticamente insano. É reduzir a nossa vida a poucos momentos de realização, plenitude e felicidade, sendo que isto é o que mais desejamos. E quanto ao caminho para chegar lá?
     Até atingirmos os resultados passamos por um caminho. Caminho este onde também existem bons e maus momentos. Caminho este que precisa ser observado e tratado com carinho. Afinal, isto é  a vida. O durante nos proporciona surpresas, alegrias, tristezas, sustos, ansiedade, frio na barriga, borboletas no estômago, dores de cabeça e, melhor ainda, a oportunidade de escolher o que fazer com tudo isso. 
     Comemore os pequenos passos dados para atingir seus objetivos. Aprecie o planejamento que você tem para chegar lá. Admire seus erros e falhas, aprenda com eles. Surpreenda-se com o quanto você tem potencial nos momentos de crise e de dificuldade. São nesses momentos que nos deparamos com a nossa capacidade de reinvenção e de superação, orgulhe-se disso.
     As pessoas que conheço que estampam sorrisos verdadeiros em suas faces são aquelas que sabem curtir a trilha para atingir os seus resultados. São aquelas que aprendem com seus erros, surpreendem-se com o seu potencial e vão cada vez mais longe. Sonham mais alto e chegam lá. E chegam lá porque escolheram chegar lá, batalharam para isso, aprenderam com o caminho e comemoraram cada pequena conquista e avanço.
     Este não é um privilégio de poucos. Esta é, sim, a escolha de poucos. Opte por viver mais feliz, pleno e realizado todos os dias. Prefira aproveitar a vida em tudo o que ela oferece, curta a trama,  assim como o desfecho. Ambos têm a sua magia a oferecer.


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Planejamento de Carreira


                Durante a semana passada realizei em parceria com a psicóloga Gessieli Haussen um curso sobre Planejamento de Carreira. O curso teve duração de duas noites. O objetivo era que os participantes pudessem fazer uma reflexão sobre si mesmo, seus talentos e pontos fracos, sobre a sua trajetória e de que forma isso tudo influi em suas escolhas profissionais. Após isso, identificaram-se os objetivos de carreira futuros, o como chegar lá e algumas estratégicas para facilitar o caminho. Tivemos uma turma agradável e motivadora, o que tornou o curso ainda mais produtivo e eficaz. Ao longo dessas duas noites, os próprios participantes foram chegando a algumas conclusões bastante interessantes. Gostaria de dividir algumas delas com vocês.

  • Você pode procurar o curso independente do motivo que seja, pois ele é feito para todos e é importante para qualquer área de atuação ter o seu próprio planejamento de carreira. Tivemos participantes empresários que gostariam de focar o futuro de sua empresa. Outros gostariam de crescer dentro da empresa em que estão inseridos, mas precisam desenvolver algumas competências e não sabem como. Ainda houveram aqueles que estavam dentro de uma organização e apesar de não estarem satisfeitos, não sabiam o que queriam. Houveram participantes que gostariam de abrir o seu negócio próprio e precisavam de um empurrãozinho para que isso pudesse realmente acontecer. Além disso, também tivemos a participação de alguns que estavam recém-formados ou próximos a se formar e não sabiam bem o que fazer após este período: antes eu era estudante, agora eu sou o que? Faço o que?
  • Algumas pessoas ao pensarem sobre os principais marcos em suas carreiras, os acontecimentos mais importantes em suas vidas que influem na profissão que tem hoje, relembraram os seus tempos de faculdade e quais eram os seus sonhos e desejos então. Este é um exercício muito interessante de se fazer. Parar e pensar no início da nossa trajetória profissional: quais eram os meus sonhos? Os meus desejos? O que eu queria fazer e ser naquela época? Existe um autor que trabalha com Coaching chamado Leonardo Wolk que relata isso em seu livro. É uma das primeiras perguntas que ele realiza a seus clientes: o que fazia você brilhar os olhos no início de sua carreira? E aí a chama novamente se acende.
  • Durante o curso, haviam algumas técnicas e exercícios para reflexão. Em um deles havia a pergunta “Quem sou eu?”. Muitas foram as pessoas com dificuldades para responder a esta questão. Concluímos junto como é complexo responder esta pergunta. Normalmente, respondemos dizendo o que fazemos e o que gostamos: Eu sou psicóloga, gosto de ler e tenho 27 anos. Isto sou eu? Ser eu se resume a isso? Ser psicóloga é o que eu sou ou o que eu faço? Foi uma discussão interessantíssima e eu fiquei muito contente que as pessoas após esta conversa conseguiram responder a questão “Quem sou eu?” de uma forma mais produtiva e positiva.
  • As instrutoras lançaram um debate sobre o tema “ganhar mais dinheiro”. É uma constante que ninguém está plenamente satisfeito com o seu salário ou com os ganhos que a sua empresa vem lhe trazendo. Então, apresentamos a ideia que vem do inglês. Americanos e britânicos “make money”, em tradução literal, eles FAZEM dinheiro. Nós precisamos aprender a fazer o nosso dinheiro e, não simplesmente ficar esperando de forma passiva ganhar mais. Você tem a sua própria empresa e quer ganhar mais? Prospecte mais cliente, faça um trabalho ainda melhor, aumente sua divulgação. Você está empregado e quer ganhar mais dinheiro? Faça um excelente trabalho, entregue mais do que deveria, mostre o seu diferencial e potencial. Faça o seu dinheiro de forma ativa e enérgica, ele virá.
                Estas são algumas das ideias lançadas durante o curso. Espero que vocês as tenham conseguido aproveitar. O curso terá novas edições, aproveitem estas oportunidades de reflexão e ação!


quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Qualidade de vida: uma questão de equilíbrio interior


              Diante de tantos estímulos que o mundo atual nos proporciona, saber lidar com eles e responder de forma coerente com o que você é, sente, pensa e valoriza é o que pode lhe trazer paz de espírito. Isto para mim é o significado de qualidade de vida, está diretamente associado as minhas emoções e ao meu equilíbrio interior.
               Pergunte-se o quanto você está satisfeito com a sua qualidade de vida neste momento, de 0 a 10 qual é o seu nível de satisfação? Para, então, se questionar o que você necessita para ter uma melhor qualidade de vida. Para cada um será uma resposta diferente, pois estas são subjetivas.
                Vejo pessoas que vão ao cinema, a festas, a restaurantes, fazem viagens e não estão satisfeitas. A escritora Chantal Thomas diz “na sociedade moderna há muito lazer e pouco prazer”. Apesar de essas duas palavras serem comumente vistas como tendo um significado muito parecido, há diferença, sim.
          Lazer pode ser definido como tudo aquilo que não é obrigação. Então, se não estamos trabalhando, estamos nos divertindo, conclui-se. Entretanto, podemos ter prazer tanto jogando uma partida de futebol quanto trabalhando. O prazer é algo interno. Está associado também com algo dentro de nós, assim como a qualidade de vida.
            Para alcançar a tão almejada qualidade de vida sugiro autoconhecimento. É preciso se conhecer para saber o que lhe traz esta paz interior e como você reage aos estímulos externos. Além disso, dicas básicas como cuidar da sua saúde física, emocional e psicológica também são superimportantes.
            Hoje em dia, as pessoas querem ir à festa da moda e fazem filas quilométricas para poderem entrar. Ou então, estão ansiosas para conhecer o restaurante mais badalado da cidade e ficam semanas na lista de espera. O quanto realmente se aproveita de tudo isso é a questão que fica.
         É preciso ter calma. O prazer e a qualidade de vida não estão em cumprir a leitura das revistas e jornais que assinamos e, sim, em aprender algo. Não está em assistir aos filmes indicados ao Oscar que todos estão comentando, porém está na emoção que estes filmes podem te proporcionar. Não é sair a caminhar por que “eu tenho que” e, sim, porque o exercício me proporciona sensações agradáveis, um passeio, um contato com a natureza e mais saúde.
           Por isso, explore um pouco mais estes significados para você. Avalie como está a sua resposta aos estímulos externos. Quando algo de ruim acontece, você se lamenta ou tem uma postura ativa e positiva? Os fatores externos têm a influência que você permite que eles tenham. Guarde na sua mente que tudo isso interfere diretamente em seu estado de espírito e, consequentemente, em como vai a sua qualidade de vida. Avalie, reflita e aja!