segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Mudança

Caros leitores, sei que faz muito tempo que não apareço por aqui. Porém, felizmente, as coisas mudam e buscamos transformação para o melhor. Desde abril de 2013 estou em um novo desafio: a minha própria empresa. Apresento a vocês a Movimenta Coaching, especializada em coaching, workshops de habilidades e gestão de pessoas.

Continuamos tendo um blog com artigos sobre estes temas, convido-os para acompanharem e curtirem nossa página no Facebook: https://www.facebook.com/Movimentavc

O nosso site é www.movimenta.vc 
Aguardamos a sua visita!

Agradeço por tudo o que compartilhamos e espero que possamos continuar em contato por estes novos meios!

Um abraço apertado!


segunda-feira, 2 de setembro de 2013

O Tripé da Carreira

     É muito comum as pessoas fazerem escolhas de carreira baseadas em um só critério. Escolhem por ser algo que gostam de fazer, mas esquecem de pensar se sabem fazer aquilo bem feito, se possuem as competências para serem excelentes naquilo. Ou, em alguns momentos, optam por uma carreira, pois ela está na “moda” e as oportunidades de ganhar dinheiro com ela são imensas, mas simplesmente não sentem satisfação em realizar aquela atividade. E, ainda, em algumas vezes, buscam realizar aquilo que têm talento, mas esquecem de refletir se existe mercado para explorar este talento.
     Pois na hora que vamos fazer nossas escolhas de carreira é importante basearmos no tripé: paixão, talento e oportunidade. É preciso unir vontade com competência e mercado. Por isso, a escolha da carreira precisa de reflexão e atenção.
     É necessário pensar naquilo que faz brilhar o olho, no que gosto de fazer e que me encanta. É futebol? É moda? São negócios? Alimentos? Cozinhar? Internet? O que eu faria até mesmo de graça, pois tamanho é o prazer que me proporciona?
     Depois é preciso ver se temos talento para desempenhar aquilo que gostamos. Possuo talento para jogar bola? Sei costurar roupas ou mal consigo colocar a linha na agulha? Quando cozinho a minha comida é aprovada? Se eu não tenho talento, vale me questionar se é possível desenvolvê-lo para que eu obtenha sucesso na minha escolha. Nem sempre o talento é nato, mas muitas vezes ele pode ser desenvolvido através de treino e esforço.
     Por fim, a última perna do tripé fala sobre as oportunidades. Além de eu basear a minha escolha naquilo que eu gosto e que eu tenho talento para fazer, preciso observar se existe mercado para fazer o que eu desejo. Há espaço para mais alguém na área que eu quero atuar? Têm pessoas interessadas no que eu me proponho a oferecer? Minha ideia é inovadora, ela é uma oportunidade realmente ou uma ilusão?
     Portanto, alinhe a sua decisão em todos estes pontos. Comece pensando pela paixão, junte com o seu talento e observe o as oportunidades. Desta forma, você irá aumentar as suas chances de ser bem-sucedido e realizado na opção que fizer. O seu retorno será sentir-se mais feliz e gratificado com a sua vida profissional.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Metas Ousadas

           Quando se estabelece uma meta é comum deixar ela solta no ar, mais como um desejo do que como uma meta em si. “Quero emagrecer”, “Quero ganhar mais”, “Desejo uma promoção”, “Vou abrir meu próprio negócio”,... São objetivos soltos, inespecíficos e que podem gerar grande frustração pela dificuldade de mensurar seus resultados.
        Para uma meta ser uma meta de verdade, ela precisa passar por um crivo que chamamos SMART. Ou seja, esta meta deve ser eSpecífica, Mensurável, Alcançável, Relevante e Temporal.
        Se quiser emagrecer, quantos quilos, até quando? “Quero emagrecer 2kg em 3 semanas (02/09/13) para me sentir mais bonita e saudável.” É uma meta específica? Eu consigo mensurar? Sim, posso me pesar na balança e monitorar este emagrecimento. É possível de alcançar? Sim, 2kg em 3 semanas é algo possível de ser realizado. É relevante? Muito, vai me gerar autoestima e saúde. E possui um prazo? A data foi determinada com dia, mês e ano!
           E, assim, é possível moldar outros objetivos que se tenha. “Quero ganhar mais.” Mais é quanto? Até quando? Estipulei um valor possível de atingir no prazo determinado? Por que isto é importante para mim? Faça-se estas perguntas e a sua meta estará estipulada com clareza e aumentará as possibilidades de realização. Você sabe por que quer, até quando quer, viu que é possível e tem como mensurar o alcance da meta.
        Além de ter uma meta clara, outro fator que traz maiores possibilidades de realização é determinar-se uma meta desafiadora. Veja bem: uma meta POSSÍVEL, mas uma meta que gere um friozinho na barriga, que precise de um esforço para a sua realização. Isto ajuda de duas formas: primeiro quando você alcançar o seu sentimento de conquista e realização será redobrado. E em segundo lugar, se a meta é muito fácil o ser humano tende a adiar a sua realização. Por exemplo, se preciso perder os 2kg em 3 semanas e na primeira semana já perco 1kg, a minha tendência é relaxar e deixar para a terceira semana para concluir a meta. Aí já me esqueço de fazer exercícios, como besteiras e frituras na segunda semana e, quando vê, existe a possibilidade de eu chegar no final da terceira semana com a meta não atingida. Frustrante né? Por isso, desafie-se!
        Existiu certa vez um homem chamado João e outro chamado Roberto. João estabeleceu como meta para sua empresa um lucro líquido de meio milhão de reais em 1 ano. Já Roberto definiu que em 1 ano gostaria que o seu lucro líquido fosse de 1 milhão de reais. Os dois batalharam, suaram a camisa e inovaram em seus empreendimentos para alcançarem a meta desejada. Ao final do ano, João atingiu 100% de sua meta, conseguindo conquistar o faturamento de meio milhão de reais. Já Roberto atingiu 80% de sua meta, obtendo um lucro líquido de 800 mil reais. Ainda que Roberto não tenha atingido a meta em 100%, você acha que ele teria conseguindo 800 mil reais se a sua meta fosse a de meio milhão de reais? Será que a meta desafiadora não lhe fez ir mais longe, não o forçou a novos comportamentos e inovações do que se a meta estabelecida fosse apenas alcançável? Pense e escolha suas metas!  

quarta-feira, 31 de julho de 2013

O Uso do Linkedin

Quem olhou o título desta coluna e se perguntou o que é o Linkedin, precisa estar mais antenado com o mercado. Diferentemente de outras redes sociais que tem um tom mais pessoal, o Linkedin é uma rede social com foco em networking profissional. Lá você cadastra o seu perfil preenchendo as suas experiências profissionais, as suas principais habilidades e a sua formação acadêmica. Nessa rede social é possível participar de grupos e fóruns onde são debatidos assuntos do seu interesse, além de você poder ser recomendado por profissionais que lhe conhecem, o que já gera credibilidade para o seu perfil.              

                  No início, os profissionais utilizavam a ferramenta para buscar os recrutadores e fazer contato com eles para conseguir uma entrevista. Hoje, além disso, as próprias empresas estão na rede divulgando suas vagas e captando profissionais proativamente. Existem os chamados filtros no Linkedin em que se pode buscar profissionais com as características que se necessita. Por isso, a importância de usar a ferramenta com inteligência e cuidado.                

              No site da revista Exame foram divulgados alguns erros comuns que são cometidos na rede e que devem ser evitados. Irei compartilhar com vocês essas dicas, mas para quem quiser visualizar na íntegra a reportagem, o site é: http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/6-erros-de-quem-procura-emprego-pelo-linkedin?page=1
  • Ao enviar mensagens aos recrutadores, você deve evitar que estas sejam genéricas. É importante “gastar” um pouco mais de tempo e escrever uma mensagem mais personalizada ao recrutador. Não há pior erro que copiar e colar, pois não irá atrair a atenção de quem está lendo.
  • O segundo erro é complementar ao primeiro. Muitas vezes, a pessoa não lê o perfil do recrutador ao enviar a mensagem. Você pode perder detalhes importantes ao não fazer isso. Lendo, você consegue individualizar a sua mensagem com mais tranquilidade, além de captar dicas importantes para uma futura entrevista.
  • A terceira dica vale tanto para o Linkedin quanto para outros meios de contato: utilizar a sua rede de networking só quando precisa dela. A rede de relacionamentos é algo que deve ser estimulado e mantido a todo o momento e não somente quando você retornou ao mercado. Assim, não funciona efetivamente.
  • O cuidado com a exposição pessoal no Linkedin deve ser ainda maior do que em outras redes sociais por seu caráter profissional. O cuidado com a foto e com o que se posta deve ser redobrado.
  • Mentir ou supervalorizar informações é um erro muito comum nessa rede social. Uma participação banal em um projeto vira uma liderança extraordinária. Não adianta fazer isso, pois a maioria das informações são checadas pelos recrutadores.
                Por fim, o Linkedin é uma rede poderosa a disposição de qualquer um que deseja aproveitá-la, mas como toda ferramenta deve ser usada com atenção e cautela para que os resultados sejam positivos e não se voltem contra você. Preste atenção nesses erros e evite-os. Mantenha sua rede atualizada e completa e você aumentará suas chances de recolocação no mercado.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Carreira Pública

Você está pensando em seguir pela carreira pública? Já vem estudando para concursos? Possui dificuldade com os estudos?

Entrevistei Sandro H. Chimisso, Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil e perguntei a ele as principais dicas para ser aprovado em um concurso tão concorrido. Sandro foi aprovado em concursos como os de Auditor e Analista da Receita Federal do Brasil (2009), BACEN (2009), MPE/RS (2008), REFAP, entre outros. Atualmente exerce a função de Chefe de Setor de Importação do Porto Seco de Foz de Iguaçu. Segundo ele, não há milagre: existe foco, dedicação, estudo e equilíbrio emocional. Confira como foi a nossa conversa:


1)      Qual foi o teu interesse em realizar um concurso público? Da onde veio esta ideia?
Eu sempre tive essa ideia lá no fundinho da minha cabeça, desde os tempos da graduação. Mas também tinha vontade de ser empresário ou trabalhar numa grande empresa. Entretanto, com o passar do tempo, vi que trabalhar em uma grande empresa não era algo que fazia muito o meu perfil. Quando me formei entrei direto no mestrado, e ao acabar o mestrado não havia grandes possibilidades de emprego. Participei de algumas seleções de trainee, em algumas fui até a fase final, mas acabava morrendo na praia. Quando faltavam alguns meses para finalizar o mestrado apareceu uma desafiante proposta de emprego em uma nova faculdade particular, aceitei-a. Mas isso não me satisfazia muito, ter que coordenar cursos, dar aulas, escrever artigos,... Achava tudo isso um saco. Depois de quase 3 anos nessa função, fui demitido e vi que era hora de mudar, de tomar novas decisões. Cheguei a cogitar um doutorado, mas isso ia fazer com que mergulhasse mais ainda na área acadêmica. Abandonei essa ideia. Tentar ser um empresário nessa época também não era uma opção, não tinha nenhuma ideia de que negócio fazer, nenhuma tradição ou experiência na área. Meus pais são professores e servidores públicos, não podiam me ajudar nesse sentido. Resolvi não arriscar. Foi então que estudar para concursos pareceu ser a coisa mais natural a fazer. Era algo que sempre pensei, e tinha facilidade para os estudos. A questão era somente se teria disposição para estudar o necessário para passar no concurso almejado. Uma pessoa que sempre me incentivou a fazer concurso foi meu falecido avô, vô Ernesto. Durante a graduação, mestrado e mesmo trabalhando ele sempre me dizia: “meu neto, porque tu não fazes um concurso???”. E sempre que ele falava eu ficava com isso na cabeça. Com certeza ele foi uma influência na minha decisão.

2)      Quais as sugestões que você dá para quem está se dedicando a um concurso?
Muito estudo, muito estudo e mais muito estudo, rsrsrs. Não tem segredo! Pra passar em um bom concurso tem que estudar muito mesmo, e quanto mais se estuda mais se aprende a estudar. Com o tempo vemos o que funciona com a gente. Tem aqueles que aprendem melhor sozinhos, lendo. Outros absorvem melhor o conteúdo assistindo aulas, escutando gravações, etc. Tem gente que gosta de fazer resumos, outros só marcam partes importantes nos livros e as relêem de tanto em tanto. Conheça as suas fraquezas e as suas facilidades. Veja o que funciona e o que não funciona pra ti. Se não estás acostumado a estudar, ter essa noção pode levar algum tempo. Pense nisso como um investimento.

3)      É importante manter o foco num concurso só ou é melhor fazer mais de um?
Eu acredito que é importante focar em pelo menos uma área. Por exemplo, concursos da área fiscal, ou concursos da área jurídica, ou concursos para a área econômica e área bancária, ou concursos para agências reguladoras e assim por diante. Como concursos para a mesma área costumam ter matérias semelhantes, fica mais fácil de organizar-se dessa forma, mantendo o foco em alguma área específica. Acho que tentar todos indiscriminadamente não é uma boa estratégia.

4)      Que dicas deixas para administração do tempo de estudo?
Isso vai depender da disponibilidade de tempo de cada um. O importante é manter uma rotina diária e uma organização de estudo das disciplinas que serão exigidas no certame em foco. Tem que se estudar todo o conteúdo previsto para o edital do concurso, e para isso necessita-se de tempo. Mas também há que se reservar tempo para descanso, uma cabeça cansada não aprende direito. É importante dividir o estudo por disciplinas, a fim de cobrir todo o edital. A atenção que será dada para cada disciplina vai depender de vários fatores, entre eles: o tamanho dela, o peso que ela terá na prova e a dificuldade que se tem de aprendê-la/assimilar. De nada adiante gabaritar uma matéria e não fazer o mínimo em outra. Isso é causa de eliminação. Tentar manter hábitos saudáveis é importante. Fazer as refeições diárias, praticar alguma atividade física todo dia, nem que seja por 30 minutos. Fazer uma planilha para organizar os compromissos da semana, com horários de estudo e demais atividades, anotar a quantidade de horas estudadas de cada matéria, assim dá pra saber se há alguma matéria sendo deixada de lado (tendemos a fazer isso, estudar mais aquilo que gostamos e deixar de lado matérias que não nos atraem muito e que geralmente são as que mais temos dificuldade). Existem livros e sites na internet que dão diversas dicas nesse sentido.

5)      Uma das lamentações que mais escuto em pessoas que estão querendo iniciar a se preparar para o concurso é a sua falta de disciplina para estudar sozinho. Alguma dica para essas pessoas?
Disciplina é algo que se adquire. Não se começa a estudar 8 ou 10 horas por dia no primeiro dia de estudo, é algo que vai gradativamente acontecendo. E apesar da possibilidade de fazer cursinho preparatório, o que adianta mesmo é sentar a bunda na cadeira e estudar. Cursinho é bom quando o professor é bom, pra tirar dúvidas, fazer um social depois de tanto tempo estudando em casa sozinho, ver como está a concorrência, atualizar conhecimento, material e pegar dicas. Eu sempre estudei sozinho, em casa mesmo, rendia melhor assim. Tem gente que consegue estudar em qualquer lugar, até na beira da praia.

6)      Por que seguir a carreira pública ao invés da privada?
No meu caso foi por admiração da carreira que escolhi, da responsabilidade e das atribuições do cargo que exerço. Considero a Receita Federal uma instituição de respeito. A remuneração também foi fator determinante. Dificilmente na carreira privada eu começaria em uma empresa com um cargo de responsabilidade equivalente e com a mesma remuneração que a de um Auditor Fiscal da RFB. O sucesso profissional na área pública depende muito mais do teu esforço pessoal e de fatores objetivos do que de indicações ou subjetividades.

7)      Quais as vantagens e desvantagens de seguir pelo caminho da carreira pública na tua visão?
A relação de trabalho é regida por lei, não há contrato de trabalho, os direitos e obrigações são mais bem definidos e, na maioria das vezes, respeitados. Todo começo de mês o pagamento é creditado na tua conta, sem falta. A estabilidade também é uma grande vantagem, te permite planejar a longo prazo com mais tranqüilidade. É claro que na iniciativa privada as possibilidades de ganhos podem ser bem maiores, mas as perdas também. Não se fica milionário no serviço público, mas se vive bem, com boa qualidade de vida. O status social que certas carreiras proporcionam também pode ser um atrativo.

8)      Existe um perfil específico de pessoas que são aprovadas em concurso?
Meus colegas de curso de formação eram maioria jovens, com menos de 30 anos. Mas havia também pessoas bem mais velhas, com mais de 50 anos. O que todos tinham em comum era a quantidade de horas de estudo, todo mundo tinha estudado muito, tinha aberto mão de muita coisa para atingir o seu objetivo. Acho que o perfil é bem variado, tem pessoas de todas as classes sociais, desde o pobre até o playboy, diversas formações profissionais, etc. As características que tinham em comum eram a persistência, determinação, disciplina, fé e vontade de passar.

9)      O que ajuda e o que atrapalha na hora da preparação para o concurso? E na hora da realização da prova?
No período de preparação para o concurso o apoio da minha família foi um dos aspectos mais importantes. A utilização de bons materiais também é crucial, e discernir que material é bom depende de boas dicas ou de tempo para tentativas, erros e acertos. Tanto no período de preparação quanto na hora de realização da prova é importante manter a calma e permanecer tranqüilo. Assim como é importante ter uma estratégia para estudo, é necessário também ter uma para a hora da realização da prova. Deve ser previamente determinado quanto tempo vai ser despendido em cada matéria da prova, para não se correr o risco de faltar tempo e não fazer os pontos mínimos necessários nela. Assim, estratégia é fundamental antes e durante as provas.

10)  O emocional conta na preparação e no dia da prova?

Sim, conta muito. Eu lembro que quando saiu o edital para o concurso da RF, veio com muitas novidades. Teve gente que estava estudando há muito tempo e mesmo assim perdeu a cabeça, achou que não seria capaz, desistiu. Lembro também, já na minha reta final de estudos, depois de estudar toda uma matéria nova, fiz uma prova simulada e só consegui fazer 50% de acertos. Aquilo me abalou de tal forma que não consegui estudar o resto do dia. Pensei, num primeiro momento: como eu fui tão mal assim num simulado logo após fechar o conteúdo dessa matéria??? Vou me ferrar no concurso!! Mas no dia seguinte recuperei o ânimo, pensei no restante das matérias, no tempo que estudei e foquei na vitória. Não seria uma matéria que me derrubaria. No final deu tudo certo, o simulado dessa tal matéria foi mais difícil que a prova do concurso, rsrsrs.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Criatividade Brasileira

                A criatividade é uma competência cada vez mais valorizada no mundo atual. É ela que permite que sejam criadas coisas diferentes, inovadoras e que se pensem novas maneiras de fazer as coisas. É devido à criatividade que hoje temos a tecnologia que temos e que o mundo vem se modernizando e criando facilidades a cada instante.
                Penso que esta é uma característica forte do povo brasileiro. Desde cedo aprendeu a se virar com o que tem, a dar o famoso jeitinho brasileiro para as coisas acontecerem. Faltam recursos, então é preciso arrumar jeitos diferentes de fazer a coisa acontecer. E o povo consegue e surgem muitas ideias interessantes. Sou convicta de que a necessidade faz pensar e estimula o pensamento criativo. Quando a dificuldade acontece, os obstáculos surgem, é que começamos a fazer as coisas de forma diversa e procuramos obter novos resultados.
                Entretanto, observo que muitos brasileiros utilizam a criatividade de forma negativa, a usam para transgredir regras e leis, para fazer o mal. Vejam o exemplo recente dos médicos do SAMU que fizeram cópias de silicone dos seus dedos para que uma funcionária burlasse o relógio ponto, registrando a presença de colegas. Extremamente criativo, pensamento fora da caixa, fora do usual, mas para que fim? Para qual objetivo?
                Há um tempo atrás com o aumento das blitz pela Lei Seca, também se observou no Rio de Janeiro uma nova profissão: “atravessador de blitz”. Cidadãos ficavam a postos antes das blitz para que os motoristas bêbados pudessem contar com eles para passarem sóbrios pela blitz. Por 10 ou 20 reais o problema estava solucionado. Logo no fim da blitz já desciam do carro e o motorista alcoolizado seguia tranquilo, pois seu carro, dinheiro e habilitação estavam a salvos. E será que a sociedade estava a salvo? Achei super criativo da parte dos “cidadãos amigos” a ideia de aproveitar esta “oportunidade” para um negócio. Mas, novamente: para que? Qual o objetivo? Mais uma vez a criatividade brasileira utilizada de forma pejorativa, para infringir o correto.
                Acredito que se esta criatividade toda estivesse voltada para o bem, para o positivo, nós faríamos parte de um país incrível. De um país inovador, com soluções diferenciadas e com bom aproveitamos de seus recursos. Se esta criatividade tivesse boas intenções, o Brasil poderia ter menos desigualdade, melhores condições e uma sociedade mais humanitária. Se esta criatividade fosse utilizada positivamente, o Brasil mudaria o significado da expressão “jeitinho brasileiro”, este não viria carregado de sem vergonhice e sacanagem. Quem sabe não seríamos um país muito mais evoluído se as intenções da criatividade fossem boas e puras?