quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Coluna no Jornal Folha Gaúcha ed. 043 - Rio Grande



































Promessas X Ações Efetivas


                Chega final de ano e inicia-se a fazer o balanço geral dos doze meses anteriores que se passaram: o que consegui fazer? O que conquistei? Quais foram as promessas que fiz  que não foram cumpridas ou até mesmo esquecidas? Estou satisfeito com o que consegui realizar neste ano?
                Neste balanço, começamos a perceber que muitas de nossas resoluções de ano novo não foram cumpridas ou, muitas vezes, não chegamos nem a nos recordar do que nos havíamos prometido. Por que é tão difícil cumprir as nossas metas? Será que é possível fazer diferente em 2012?
                Eu acredito que a grande dificuldade em alcançar nossas realizações e conquistas está na falta de ou na má formulação de nossas metas. De uma forma geral, planejamos mal, perdemos o foco, nos desmotivamos e não sabemos o que fazer para chegar lá. Por esta falta de clareza e definição, por não termos pensado o porquê da importância de nossas metas, pelo pouco autoconhecimento e pela visão embaçada de nossos valores não conseguimos ter o comprometimento necessário para realizar. Esta falta de comprometimento acarreta na desistência nas primeiras dificuldades, nos distraímos com outras coisas e esquecemos os nossos propósitos.
                Até por este motivo, a busca pelo profissional Coach tem crescido muito, pois este é um facilitador no que tange o alcance de objetivos. Ele apóia o seu cliente na definição de metas claras, no plano de ação para atingi-las e no desenvolvimento de competências necessárias para que a pessoa realize, sentindo-se mais plena e feliz.
                Então, para que em 2012 a situação seja diferente, inspire-se no trabalho de Coaching para definir objetivos alcançáveis e relevantes. Em primeiro lugar, defina quais são as suas metas. Escolha os 3 ou 4 objetivos principais para o próximo ano. Determine com clareza o que você quer alcançar, escolha uma forma de mensurar o desempenho que você terá, além disso, veja qual é relevância que esta meta tem e, por fim, defina o prazo para a conclusão.
                A dica é: escreva! Escrever fará a grande diferença! Portanto, redija o que e o porquê e, então, parta para o como e quando. Pense nos detalhes, como por exemplo, qual será o contexto, quem participa, quais os recursos que serão necessários e qual será a evidência que você terá que lhe mostrará que chegou aonde queria.
                Assuma de uma vez por todas o controle de sua vida. Decida aonde quer chegar e tome as atitudes necessárias. Ninguém pode viver a sua vida além de você mesmo. Por isso, trace metas que sejam iniciadas e mantidas por você mesmo. Comprometa-se com os seus objetivos, coloque tudo de você para ter o que deseja. Importante também ressaltar que pensamento positivo e otimismo sempre são bem-vindos.
               Todas as nossas emoções e comportamentos sofrem influência direta dos nossos pensamentos, por isso, assuma as rédeas dos seus. Tenha consciência do que se passa dentro de sua cabeça, perceba a realidade como ela é. Cuidado com as suas interpretações das situações e com as suas crenças que podem limitar suas ações.  Coloque em sua mente aquilo que lhe facilitará o seu caminho, exclua o que lhe prejudica.
                Aja com confiança, mantenha o pensamento positivo e, acima de tudo, passe longe das promessas, crie ações efetivas.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Mix 2012

Aqui compartilho 2 artigos que foram postados no site da Você RH em janeiro falando sobre as perspectivas para 2012. Espero que lhe sejam úteis:



                  Busca por talentos segue aquecida

A previsão de que o ritmo de contratações no Brasil continue estável nos três primeiros meses de 2012 vem se confirmado em diversas pesquisas, realizadas por consultorias de RH. O levantamento mais recente, elaborado pela Michael Page, assegura que em algumas áreas a busca por talentos segue aquecida, especialmente no setor de agribusiness. No momento, quase 50% das vagas executivas coordenadas pela consultoria estão ligadas a algum ponto da cadeia produtiva desse setor. A Michael Page destaca que o mercado educacional também surge como um forte player na disputa pelos bons profissionais neste início de ano, especialmente nas áreas de finanças. Grande parte de toda essa demanda por novos talentostem sido apresentada pelas empresas nacionais.

                 Um ano de muitas movimentações

O vai e vêm do mercado de trabalho deve prosseguir em forte ritmo durante 2012. E o alerta é dado pelos próprios profissionais. De acordo com a Michael Page, consultoria de RH, 60% dos executivos de média e alta gerência pretendem buscar novas oportunidades de emprego neste ano, seja no seu próprio setor ou em diferentes setores da indústria. E essa é a pretensão de 48% dos jovens em início de carreira. 

A parcela dos mais novos que devem se manter na mesma função e na mesma empresa para ganhar experiência é de 28%, e os que querem se movimentar internamente somam 10% dos pesquisados. 

Uma considerável parte dos profissionais planeja investir em formação e atualização acadêmica. Do lado dos executivos, 21,7% pretendem se aprimorar em 2012, e 14% dos jovens devem cursar uma pós-graduação. 

Para Sergio Sabino, diretor regional de marketing do Grupo Michael Page para a América Latina, o momento de mercado, associado ao resultado desta pesquisa, mostra que 2012 deve ser promissor do ponto de vista de oportunidades e contratações. "Será um ano de maior estabilidade e mais racionalidade na hora de contratar. Será um ano de contratações mais cirúrgicas", diz o executivo.


 Fonte:

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Férias: época de descansar e repensar

Artigo que escrevi que saiu no site do Sis Saúde:

                Janeiro e fevereiro são tradicionalmente meses de férias. O verão e o calor inspiram momentos de lazer e descanso. Mas, existem aquelas pessoas que mesmo em período de repouso não conseguem relaxar e se desligar do trabalho. Saem em férias, mas continuam pensando nas suas pendências, na sua equipe, no que precisam fazer... não dando lugar para o merecido descanso.
                É sabido e sentido que o mundo corporativo hoje é muito corrido, existe uma alta competitividade no mercado, os prazos são curtos, as metas agressivas, as horas de trabalho são excessivas, os salários são insatisfatórios, a pressão é gigantesca, entre tantos outros fatores que podem gerar um estresse negativo.
                Falo estresse negativo, pois sempre que se fala em estresse pensa-se diretamente em algo mau, entretanto, ele pode ser tanto algo bom quanto ruim. O estresse pode ser positivo, pois gera mudança, movimento e permite que tenhamos reações frente a situações inesperadas. Se não fosse assim, diante de uma situação de perigo, como estar à frente de um leão, por exemplo, ficaríamos estáticos e sem nenhuma atitude de fuga.
                Porém, o estresse causado pelo cenário atual de trabalho influencia negativamente, pois gera ansiedade, nervosismo, tensão e depressão. As reações produzidas pelo nosso corpo são maléficas e podam o rendimento, a criatividade e a produtividade de qualquer colaborador.
                Por isso, é importante aproveitar o momento das férias para realmente descansar e recarregar as energias para começar este novo ano com boas aspirações. É preciso desligar-se do trabalho para que a cabeça possa relaxar e para que o tempo das férias seja renovador. Por isso, aproveite, viaje, faça esportes, caminhadas, vá a praia, ao campo, veja seus amigos e familiares, esteja com as pessoas de quem você gosta e faça o que lhe dá prazer!
                Estes estímulos positivos estarão lhe gerando saúde e bem estar para voltar com mais garra, vontade e criatividade para o seu trabalho. Use o tempo das férias para repensar a sua vida, questione-se: o seu trabalho está realmente satisfatório? Ele lhe dá mais prazer do que incomodação? Apesar da pressão a que você é submetido você se sente feliz onde está inserido?
                Aproveite este tempo livre para escolher uma vida mais feliz e saudável para você e veja se seus velhos hábitos, rotinas e funções estão condizentes com este estilo de vida mais benéfico. Identifique os motivos do seu estresse e evite-os, veja se as suas reações estão adequadas as situações que vivencia, faça uma atividade física para liberar energia e tenha uma vida social ativa. Estes pontos já irão contribuir para que você possa ter uma vida mais tranqüila durante o ano inteiro. Mas, se isso tudo não for suficiente, é a hora de se perguntar se não é o momento de trocar os ares e ter uma nova experiência em sua carreira.   
                Lembre-se: a vida é uma questão de fazer escolhas e arcar com suas conseqüências. Qual é a escolha que você faz para 2012?

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A Sociedade da Neve

                Estou lendo um livro chamado A Sociedade da Neve escrita por Pablo Vierci, que retrata os 72 dias vivenciados nos Andes pelos 16 sobreviventes uruguaios jogadores de rugby que sofreram um acidente aéreo na região. Um livro emocionante, tocante e que traz a tona uma reflexão de vida que se pode ver por diversas vertentes. A que mais me marcou neste momento foi o trabalho em equipe, a determinação, a solidariedade e a harmonia que reinou nestes quase 3 meses.
                Para quem não conhece a história, os jogadores estavam retornando do Chile e sofreram um acidente nos Andes onde foram dados como mortos e suspendidas às buscas. Sobreviveram a quatro mil metros de altura, com 30 graus abaixo de zero, sem abrigo e comida. Dormiam abraçados para manter o calor, derretiam a neve ao sol para beber água sem queimar suas gengivas e caírem seus dentes, criaram com as sobras do avião equipamentos necessários para sua sobrevivência e tiveram que alimentar-se de seus companheiros mortos para manterem-se vivos.
                O código da sociedade da neve era diferente da sociedade dos vivos, todos eram considerados iguais e foi uma experiência incrível e riquíssima no que se refere ao comportamento humano. As competências que fizeram a diferença para que 16 deles sobrevivessem foi o trabalho em equipe, a persistência, os afetos, a inteligência e, acima de tudo, a esperança.
                Como se pode levar estes aprendizados para o nosso dia-a-dia hoje no mundo corporativo? No ambiente de trabalho atual reina a competitividade, a agressividade, o individualismo e a indiferença. Quais são os ganhos que se tem com estas atitudes tão negativas?
                É preciso pensar em si, no crescimento individual e na carreira, porém, acima de tudo, é necessário manter em mente que uma equipe tem mais forças do que um indivíduo sozinho. Tenho certeza que se não houvesse o trabalho em equipe na montanha, não teriam sobreviventes. Se não tivessem se apoiado mutuamente, dando esperanças quando alguém estava se sentindo derrotado, a história teria sido diferente. Por que quando o meu colega está para baixo, eu não o apoio e ajudo a motivá-lo ao invés de me valorizar em cima dessa situação?
                Levemos como aprendizado para a nossa vida, a experiência trágica nos Andes. Que sejamos mais companheiros, afetivos com os nossos colegas para que juntamente com a nossa persistência, inteligência e foco consigamos alcançar os nossos objetivos de maneira harmônica e plena.