terça-feira, 23 de abril de 2013

Os Desafios do Profissional de T&D (Cheila Silveira)


Hoje compartilho com vocês o artigo de uma colega muito querida que trabalha na área de Treinamento e Desenvolvimento, Cheila Silveira. Boa leitura!

        Em uma época de constante inovação e mudanças, o profissional de Treinamento & Desenvolvimento (T&D) precisa ser cada vez mais envolvido pelas organizações para auxiliar no aperfeiçoamento dos colaboradores. Mas, será que é fácil ser um profissional de T&D? Bem, se estar alinhado com os objetivos da empresa, saber as competências que se espera dos profissionais de diferentes áreas e, principalmente, conhecer os interesses dos colaboradores fosse uma atividade simples, seriam tranquilas as rotinas de um educador organizacional.
        Os desafios que o profissional de T&D enfrenta são inúmeros, tais como: identificar necessidades de intervenção educativa, vincular as expectativas da empresa com os interesses de desenvolvimento dos funcionários, criar formas de incentivar os aprendizes durante os treinamentos, entre outros. Além disso, é fundamental conhecer novas metodologias didáticas, para aprimorar a eficiência no espaço educativo, fato que requer dedicação.
        Tal profissional encontra, muitas vezes, um complicador para a realização de suas atividades: a falta de apoio dos gestores. Para concretização dos projetos de T&D é praxe ter que comprovar a importância do investimento, sendo necessário “convencer” as lideranças de que os resultados não são imediatos, mas são de extrema relevância. E quando a empresa apoia o desenvolvimento das equipes, o jogo está ganho? Por incrível que pareça, ainda não. Embora comumente os colaboradores solicitem capacitação a suas chefias, o que mais se ouve é: “Estou lotado de trabalho e ainda terei que largar tudo para ir a um treinamento, prefiro nem ir”. Para que o treinamento proporcione o conhecimento estimado, é preciso que os colaboradores tenham a intenção de aprender. Cabe ao educador organizacional, juntamente com as lideranças, estimular os treinandos. Para elucidar essa questão, segue algumas maneiras de instigá-los: possibilitar que o colaborador compreenda a relevância do assunto a ser tratado, despertar a curiosidade sobre o que será ensinado, mostrar que o tema está relacionado com as rotinas do treinando e esclarecer o objetivo da atividade.
        Em meio a tantos desafios, o profissional de T&D persiste e demonstra disposição suficiente para oportunizar condições favoráveis de aprendizagem nos diferentes tipos de ambientes empresariais. Pois, a cada dia o mercado nos mostra que desenvolver colaboradores impulsiona o crescimento das empresas. Aperfeiçoar talentos hoje é o grande diferencial no mercado de trabalho, e que bom que há pessoas preparadas para desenvolver pessoas!

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Sucesso: uma ciência exata


                As pessoas vivem correndo atrás do sucesso, querem se sentir exitosas e realizadas, mas encontram dificuldades para alcançar este ponto. O problema está justo aí: o sucesso não é uma ocasião específica, um ponto, que vai lhe mostrar que a partir de agora você chegou ao sucesso! Nada é de repente, tudo são etapas. De repente fiquei rico, de repente abri uma empresa, de repente vieram muitos clientes, de repente conquistei uma vaga nova. Isto não existe!
                O sucesso é uma sequência de eventos positivos que lhe dão a sensação de que você está conquistando o que deseja. É uma ciência exata: você precisa dar passos para chegar lá. Exige ousadia, determinação, motivação e, principalmente, ação. O sucesso só acontece para aqueles que agem, que possuem atitudes. Sorte são as oportunidades que nos surgem no caminho, mas só enxerga aquele que quer ver. Diante das oportunidades, o que determinará o seu sucesso é você analisar qual a melhor ação que você poderia ter para a situação apresentada e fazê-la.
                Sucesso é uma combinação de talento com preparação, sendo esta última ainda mais importante. A prática possibilita que você se torne bom em algo. Malcolm Gladwell, no seu livro intitulado “Fora de Série”, relata que para se alcançar o nível de excelência em qualquer atividade são necessárias 10 mil horas de prática. Parece muito, mas na verdade isso equivale a três horas de dedicação por dia ou até mesmo 20 horas semanais por 10 anos.
                Para confirmarmos esta teoria podemos pegar o exemplo de Mozart. Suas melhores obras-primas só foram compostas depois dos 21 anos de idade, depois que já tinha mais de 10 anos de experiência. Outro exemplo muito interessante é o dos Beatles. Eles tocaram durante três anos na cidade de Hamburgo em casas noturnas antes de se tornarem famosos. Eles tocavam quase todos os dias da semana, por 8 horas diárias. Se fizermos as contas, 8 horas por dia durante três anos dá praticamente as 10 mil horas de treinamento necessárias para se tornar realmente bom em algo.
                Veja, portanto, que você pode acelerar o processo das 10 mil horas e antecipar o prazo de 10 anos se você se propuser a dedicar-se mais horas a atividade que deseja obter excelência. Por isso, comece desde já a praticar. Vá cumprindo e superando o passo a passo que você obterá o sucesso tão almejado.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

As Quatro Nobres Verdades do Budismo


                Na semana passada estava lendo um artigo em uma revista e em um dos parágrafos o autor falava sobre as quatro verdades do Budismo. Achei-as interessante, resolvi ir atrás de mais informações e aproveito para compartilhar com vocês o que eu achei junto com uma pitada da minha própria interpretação desses ensinamentos.
                Segundo o Budismo, este foi o primeiro ensinamento de Buda após a sua iluminação. Estas verdades referem-se ao sofrimento, sua origem, sua causa e o caminho para detê-lo. Além disso, estas verdades retratam que com esforço é possível alcançar a felicidade.
  
A vida é sofrimento: Buda diz que nascer, envelhecer, adoecer e morrer são sofrimentos. Além disso, o apego que temos pelas coisas também nos fazem sofrer, como: fazer o que não é prazeroso, separar-se do que é prazeroso, não conseguir o que queremos. Por isso, todos estão sujeitos a sofrer. Em maior ou menor proporção, o sofrimento existe para todos.

A felicidade é efêmera: Visto que o ser humano é o único ser vivo que procura o que não pode ter ou alcançar, a sua felicidade é efêmera. Efêmera vem de temporária/transitória e é por esse fator que as pessoas não consegue aproveitar de um modo durável de contentamento e paz. É preciso saber que cada um é responsável pela sua própria felicidade e o poder de mudar este aspecto está na mente.

Tudo é impermanente: O desejo egoísta é a causa do sofrimento. Fomos levados a pensar que a felicidade vem da satisfação desses desejos. Libertar-se disso é o que nos fará ir além. Nós mesmos mudamos o tempo todo. Precisamos aceitar o fato de que tudo muda para alcançar a felicidade.  Por não aceitar isso é que sofremos.

A mudança faz parte da vida: Precisamos aceitar o fato de que tudo muda para alcançar a felicidade. Se formos ficar esperando por um estado pleno e constante para sentir-nos felizes, isto acontecerá raras vezes na vida. Nós mesmos mudamos o tempo todo. E por não aceitar isso que sofremos.

                Este é um dos ensinamentos de Buda. Mesmo aquelas pessoas que não têm identificação direta com esta crença podem beneficiar-se dessas ideias e transpô-las para a sua realidade. Não creio que a vida seja só sofrimento, mas acredito que nossas expectativas com relação à vida são injustas e nos causam desgosto. A felicidade da maneira como nós a conceituamos é, sim, efêmera, pois ficamos aguardando momentos especiais para nos sentirmos felizes. O que faz com que este estado emocional perdure é ter claro que as coisas mudam e que nada dura para sempre. Aceitando isso, fica mais fácil aprender a ser feliz com mais constância e significado.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Workshop Rio Grande - Planejamento de Carreira


Esta coluna já retratou sobre as conclusões e aprendizados de dois workshops anteriores que realizei em Porto Alegre em parceria com a também psicóloga e coach Gessieli Haussen. Pois nos dias 23 e 24 de novembro foi realizada a terceira edição do Workshop Planejamento de Carreira e, desta vez, o mesmo aconteceu na cidade de Rio Grande. Compartilho, portanto, os pontos altos destas sete horas de reflexão e planejamento com relação à carreira.
  • Um dos pontos iniciais de reflexão para elaborar o seu planejamento de carreira é o autoconhecimento. A turma deste final de semana pode constatar a importância de trabalhar em cima disso e criar espaços para se conhecer melhor. O workshop permitiu aprofundar estas questões, pois foram levados a pensar sobre suas características, competências, motivadores, maneiras como fazem escolhas e pontos a melhorar. Porém, foi dito, e eu corroboro com esta ideia, que o autoconhecimento é um processo constante que continua após o curso. Com certeza ele prossegue por toda uma vida. Mas que bom que os participantes se dispuseram a aprofundarem-se em si mesmos nessas sete horas e com isso obtiveram os benefícios disso.
  • Pensar fora da caixa foi uma das propostas do workshop. Não parar na primeira resposta que vem a mente e, sim, seguir instigando para ver o que está por trás, o que está além do consciente e visível. Temos internalizado dentro de nós a pensar sempre da mesma maneira e não romper paradigmas. A turma viu que pensar além pode proporcionar resultados e realizações além do que imaginam.
  • Fora definir aonde se quer chegar profissionalmente, que já gera todo um processo para decidir este ponto, é preciso traçar o caminho. Alguns participantes vieram justamente assistir ao workshop por terem o seu objetivo de carreira definido, porém não sabiam o que fazer para chegar até lá. É claro que muita gente tem bons resultados em suas carreiras sem a ter planejado, porém eu pergunto: é mais fácil chegar até algum lugar com um mapa na mão ou simplesmente na tentativa-erro? 
  • Outro tema abordado e que foi bastante valorizado pelos integrantes da turma do workshop foi o networking, a rede de relacionamentos. Como os contatos são fundamentais para a carreira da gente, independente se você está inserido em uma organização, trabalha por conta própria, tem uma empresa ou quer ser aprovado em um concurso público. Fazer e manter vínculos são extremamente importantes para uma carreira de sucesso. E não adianta só alimentar a sua rede de contatos quando precisa dela, é preciso ao longo do tempo ir fazendo a manutenção dessas relações, aí sim elas serão produtivas e eficientes.

A turma em Rio Grande foi em um número pequeno de participantes, mas a profundidade e a participação de todos foram fundamentais para torná-lo excelente. Os votos são de que possamos retornar a cidade e que mais pessoas se beneficiem desta oportunidade de reflexão e planejamento.