quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Utilizando o tempo de forma estratégica: evite o desgaste da procrastinação

Pessoal, segue um artigo que eu escrevi que foi publicado esta semana no site do SIS Saúde:



Utilizando o tempo de forma estratégica: evite o desgaste da procrastinação

É estimado que 80% das pessoas procrastinam com certa freqüência e que 99% o fazem de vez em quando. 

Esta é a primeira vez que escrevo para o site do SIS Saúde sobre o mundo corporativo, portanto, gostaria de me apresentar para vocês em primeiro lugar. Me chamo Érica Halty, trabalho há 4 anos na área de Recursos Humanos e mais recentemente tenho me dedicado a trabalhar com Coaching. O que mais escuto durante as sessões com os meus clientes é a sua dificuldade de se organizar, de se planejar e administrar o seu tempo para terem o rendimento necessário. As queixas mais comuns são que começam a realizar o seu planejamento, passam alguns dias cumprindo organizadamente suas tarefas e se sentindo satisfeitos, para em breve perder estes ganhos e voltar aos velhos hábitos. “Quando eu percebi já estava passando mais horas na frente da televisão do que gostaria, já deixava para amanhã o que eu poderia fazer hoje, ficava com preguiça de realizar determinada tarefa, etc, percebi que havia voltado a realizar a minha antiga rotina”.
Tenho certeza que muitos de vocês que estão lendo este artigo, identificaram-se em alguns momentos com os meus clientes de Coaching em suas reclamações, constatações, vontades e frustração. Por isso, resolvi ir atrás de mais informações sobre este assunto e vejam o que descobri: o ser humano está programado para procrastinar, existe algo em nosso cérebro que faz com que tenhamos esta tendência tão inoportuna no mundo de hoje. É estimado que 80% das pessoas procrastinam com certa freqüência e que 99% o fazem de vez em quando.
O que acontece é que hoje vivemos em mundo que prima pela produção, realização e sucesso, e a dita procrastinação atrapalha o nosso ritmo de vida atual. São tantas as atividades que temos que realizar, tantos os prazos a cumprir, diversos são os papéis a exercer com qualidade e excelência, que o fato de não administrarmos bem nossas determinações, acaba gerando estresse, ansiedade e angústia.
Os motivos pelos quais adiamos as coisas têm relevância, mas até entendermos qual é a explicação psicológica para isso, precisamos ter ações que nos ajudem a vencer este problema. Questões como por que a sensação de obrigatoriedade nos traz uma resistência à realização da atividade, enquanto que atividades prazerosas não são adiadas, entre outras, devem ser refletidas e analisadas. Mas, enquanto isso, o que é mais importante é o como lidar com esta situação já que é um fator que traz intenso sofrimento.

O primeiro de tudo é começar com o esclarecimento de que não podemos administrar o nosso tempo. O tempo será o mesmo sempre, o dia terá 24 horas, as horas 60 minutos e, assim, por diante. O que se pode fazer é administrar as nossas ações dentro do tempo que temos. É utilizar o tempo de forma estratégica, organizando um planejamento adequado e viável para o nosso estilo de vida e para as nossas necessidades. Não planejar causa desperdício do tempo em atividades paralelas e de menor importância.
Comece se questionando quais são os seus objetivos, o que é mais importante para você. Se você tiver claro aonde quer chegar e quais são as principais coisas a serem feitas para alcançar a sua meta, é mais fácil definir quais são as suas prioridades. Se você não definir isto, quem sabe organizar as gavetas de seu armário durante uma tarde livre, se torne mais importante do que você mandar alguns currículos.
Faça uma descrição detalhada da sua rotina diária. Separe as suas atividades como de alto impacto para atingir o seu objetivo, médio impacto (influi, mas se não forem realizadas trarão poucas conseqüências para a concretização dos seus objetivos), baixo impacto (é bom, mas praticamente não influi na sua meta), delegáveis e elimináveis.
Após fazer isso, repense a sua rotina, veja que mudanças pode fazer para que a sua agenda esteja de acordo com os seus objetivos e com o que é realmente importante para você na sua vida. Foque em tarefas relevantes, quando estiver com preguiça comece com algo pequeno para ir aumentando o ritmo aos poucos, divida tarefas maiores e mais complexas em partes e crie recompensas para você mesmo para se sentir mais estimulado e motivado. Não se esqueça de definir prazos, rotinas e métodos que lhe ajudarão a se organizar e siga essa rotina firmemente, evite furos e exceções.
No começo pode ser mais difícil, mas após um tempo os hábitos se tornam automáticos e não lhe exigirão mais nenhum grande esforço. Você se lembra quando aprendeu a dirigir o quanto era necessário de energia para cumprir a tarefa? Precisava pensar que quando chegava a uma determina velocidade, precisava trocar a marcha e para isso precisava apertar na embreagem, ao mesmo tempo em que continuava cuidado os espelhos e a rua a sua frente. Hoje quanto você acha que dispensa de energia para dirigir? Lembre-se da lei da física que diz que objetos que estão em movimento tendem a permanecer em movimento e dê o primeiro passo, pois existe uma outra lei que diz que objetos em repouso tendem a permanecer em repouso.
Dê o primeiro passo, mantenha-se em movimento, seja persistente e você alcançará equilíbrio e maior satisfação em sua vida. Os meus clientes de Coaching aprendem durante o processo qual é a sua maneira de criar esta organização e planejamento e como fazer sua manutenção. Portanto, se não conseguir sozinho, não se envergonhe e não se sinta culpado, busque um profissional habilitado para lhe ajudar, pois que você irá conseguir, eu não tenho dúvidas.

domingo, 18 de dezembro de 2011

O que não é Coaching

Boa tarde a todos os leitores! Em primeiro lugar, gostaria de desculpar-me pelo longo período sem escrever. Mas cá estou para continuarmos o nosso desenvolvimento profissional e pessoal! Continuando a série de artigos que serão publicados sobre Coaching, hoje escreverei sobre o que não é Coaching. Espero que seja esclarecedor! Boa leitura a todos!

O que não é Coaching?

                Por esta ser uma atividade relativamente nova, descoberta há pouco tempo no Brasil, o Coaching gera dúvida nas pessoas de uma forma geral, pois o confundem com outras modalidades de trabalhos que já vem sendo realizadas há mais tempo. Como, por exemplo, a psicoterapia, o mentoring, o aconselhamento,  a consultoria  e até mesmo o treinamento. Por isso, o objetivo do presente artigo é esclarecer as diferenças entre essas modalidades para que o leitor possa saber o que é mais indicado para cada momento de vida pessoal e profissional.
                O aconselhamento é uma abordagem terapêutica, mesmo que não constitua uma terapia, que visa promover o bem-estar emocional de um indivíduo. Nesta relação, o aconselhador tem a solução para o problema do aconselhado. Caracteriza-se por ser pontual, ocasional e focado na resolução de dificuldades. Diferentemente do Coaching que é um processo que tem início, meio e fim, além de ter em seu cerne a prevenção das dificuldades.
                Já o mentoring pode ser entendido como o repasse de conhecimento de uma pessoa mais experiente a alguém que está iniciando sua carreira, a fim de promover o desenvolvimento pessoal e mudanças. Esta pessoa mais experiente é alguém especialista  em um determinado campo e que por sua sabedoria é capaz de ensinar aos demais. Normalmente, este profissional está inserido na organização e assume este papel de orientador oficial ou voluntariamente. Uma das diferenças entre esta abordagem e o Coaching, é que o mentor orienta e ensina através de seu conhecimento específico, já o Coach facilita a aprendizagem, potencializando-a pela realização de questionamentos estimulantes e relevantes. O Coaching vai além de orientar carreira, ele amplia o conhecimento, a visão e os processos de pensamento do seu Coachee, desenvolvendo pensamento crítico, novas idéias, perspectivas e opções de comportamento e ações.
                A consultoria, então, busca analisar a dificuldade do cliente para propor soluções e implementar ações de melhoria. A principal diferença com relação ao Coaching, é que neste o Coach facilita a busca de soluções por parte do cliente e, não, lhe dá respostas prontas. Além disso, o consultor é um especialista em sua área de atuação, enquanto o Coach não é especialista na área de atuação do cliente.
                No que se refere à psicoterapia, o que a distingue mais fortemente do Coaching é o seu enfoque no passado e na saúde emocional do paciente. Enquanto que o Coaching focaliza no presente, refletindo no que fazer daqui para frente para se tornar aquela pessoa que se quer ser. Ainda que o Coaching possa ser considerado terapêutico por promover mudanças positivas, não pode ser confundido com psicoterapia. Como diria o autor Leonardo Wolk em seu livro A Arte de Soprar Brasas, “Coaching não é divã corporativo”.
                Por fim, no treinamento ocorre a transmissão de informações para outras pessoas para que elas passem a exercer uma determinada função com maior efetividade, tratando-se, portanto, da aquisição de conhecimentos e habilidades. Enquanto que no Coaching acontece o desenvolvimento da aprendizagem e de mudanças comportamentais, através de uma relação de parceria em que Coachee está motivado a alcançar resultados distintos para a sua vida.
                Portanto, é clara a diferença entre o Coaching e estas outras modalidades de trabalho, ainda que as possamos considerar complementares ao processo de Coaching. É preciso observar o momento de vida, de carreira e objetivos para saber qual desses métodos será mais produtivo e eficiente para você. É possível que mesmo após ler este texto você fique com questionamentos do que seria melhor, mais interessante e estimulante. Nestas situações, procure a ajuda de um profissional que poderá lhe orientar quanto a melhor indicação para o seu momento. Este profissional pode ser tanto um consultor, um Coach quanto alguém que você confie dentro ou fora da sua empresa. O mais importante é estar aberto para se desenvolver e se tornar uma pessoa mais plena e realizada.