terça-feira, 31 de julho de 2012

Pensamentos Pimentas


                     Estou lendo, atualmente, o último livro lançado por Rubem Alves. Para quem não conhece, é um dos escritores mais famoso do Brasil. Ele é pedagogo, poeta, cronista, contador de estórias, ensaísta, teólogo, acadêmico, autor de livros e psicanalista. O nome desta obra é Pimentas – para provocar um incêndio, não é preciso fogo.
                Segundo o livro, “Pimentas são frutinhas coloridas que têm poder para provocar incêndios na boca. Pois há ideias que se assemelham às pimentas: elas podem provocar incêndios nos pensamentos. Mas, para se provocar um incêndio, não é preciso fogo. Basta uma única brasa. Um único pensamento-pimenta...”.
                Para mim, um pensamento pimenta é aquele transformador: é aquele capaz de nos fazer refletir, ter ideias novas e ações diferenciadas. É o pensamento que faz reacender aquela brasa, aquela chama que ainda existe viva dentro de nós, esperando a oportunidade para se manifestar e avivar.
                Esta ideia de causar incêndios nos pensamentos me faz recordar muito o Coaching. O profissional Coach é um soprador de brasas. Ele estimula os pensamentos pimentas em seu cliente. Durante o processo, começa-se a pensar além do nosso usual, vislumbramos as nossas possibilidades e potenciais e passamos a ter ações mais efetivas. Este é o grande aprendizado do Coaching e é por isso que ele é tão transformador na vida pessoal e profissional de quem o vivencia.
                Muitas vezes caímos na armadilha de observar as coisas e ver sempre o mesmo, fazer tudo igual toda vez. Tal fato é muito prejudicial para o nosso desenvolvimento e para a nossa criatividade. Os nossos pensamentos passam a ser insossos e repetitivos, deixando a nossa chama apagada.
                Experimente temperar a sua vida com esta especiaria picante e saborosa. Saiba aproveitar estes momentos de incêndio, deixando a calmaria e a estabilidade de lado para poder expandir o seu mundo. São os pensamentos pimentas que nos movem em direção aos nossos objetivos, sonhos, felicidade e sucesso.


sexta-feira, 20 de julho de 2012

Perguntas Mais Frequentes em uma Entrevista


               Entrevistas não têm um roteiro pronto, fixo e que todos os entrevistadores usam. Mas, existem, sim, algumas perguntas recorrentes em praticamente todas as entrevistas. A ideia de hoje é podermos conversar sobre os principais questionamentos feitos em um processo de seleção. Não há uma resposta certa ou única para cada pergunta, mas existem algumas indicações do melhor caminho para respondê-las.
                Por que você saiu da empresa “X”? Não é preciso mentir, porém evite falar mal da empresa ou do chefe. Pode até dizer que tinha dificuldades de relacionamento com o chefe, mas não se aprofunde. Se estiver trabalhando atualmente e a sua busca é por trocar de empresa, uma boa resposta é falar que não está mais aprendendo na função e está procurando novos desafios.
                Qual o seu planejamento de carreira? Os seus planos para daqui a 5 anos? Tenha claro para você os seus planos e ficará fácil falar disso. O entrevistador aqui não quer só saber os estudos que você pretende fazer, mas também na prática quais são os seus planos. A expectativa é nem alguém estagnado, que não tem ambição de crescimento, mas também não alguém que tem um plano de carreira que não condiz com a empresa.
          Quais são os seus pontos positivos e os pontos a melhorar? Além de citar as características, é interessante complementar com exemplos reais que mostrem essas competências se manifestando no seu cotidiano. Lembre-se de escolher características positivas que sejam marcantes e significativas. Dizer que é pontual e responsável são na verdade requisitos básicos para qualquer vaga, nem podem ser chamados de qualidades especiais. Já no que se refere aos pontos a melhorar, diga uma característica, como ela se manifesta e o que você está fazendo para superar isso.
               Já se a pergunta for “Por que você está há tanto tempo sem emprego?” seja sincero. Diga se viajou, estudou, cuidou da empresa da família, estava envolvido com problemas familiares ou se passou por algumas seleções que não deram certo. O importante é ter claro que quando houver essas brechas de tempo entre uma empresa e outra, é interessante que o seu desenvolvimento continue. Por isso, não deixe de estudar e se especializar nestes períodos.
              Por que você quer trabalhar em nossa empresa? Esta pergunta é muito frequente, mas dificilmente bem respondida. Por isso, antes de ir a qualquer entrevista faça o tema de casa: pesquise sobre a empresa, olhe o site institucional e notícias sobre a mesma. Só assim você poderá dar uma resposta consistente para esta pergunta. Você se identifica com os valores da empresa, quais são eles? Você quer trabalhar em uma empresa que está crescendo 20% ao ano?
       Por que devemos contratá-lo? O ideal neste tipo de perguntar é responder como você poderá contribuir para o crescimento e desenvolvimento da empresa, não o contrário. Quando o selecionador faz este tipo de pergunta, não quer saber como a empresa pode contribuir para o SEU desenvolvimento.
            É importante salientar que assim como não existem perguntas prontas e pré-definidas, também não existem respostas. Tudo depende do que o profissional a frente do processo seletivo está buscando para a sua empresa, isto se refere tanto aos aspectos técnicos quanto as características comportamentais. Por isso, ser você mesmo é sempre o mais importante! A entrevista não é algo a ser temido, encare-a como uma oportunidade para mostrar quem você é e os seus pontos fortes. É uma conversa entre duas pessoas, mas não esqueça que está sendo avaliado.


quinta-feira, 12 de julho de 2012

Seis Dicas para uma Entrevista Bem Sucedida


Realizar uma entrevista de emprego é sempre um momento mais tenso e de ansiedade. Não se preocupe! O entrevistador sabe que estar ansioso faz parte do processo. Entretanto, preparar-se para ter uma melhor performance neste momento de avaliação é muito bem-vindo. Aprontar-se adequadamente para uma entrevista, envolve preocupar-se com suas três etapas: o antes, o durante e o depois.

1. Conheça a empresa: Como mínimo, é importante olhar o site da empresa. Mas, o ideal é buscar notícias sobre a mesma, falar com pessoas que conheçam sobre ela e procurar entender a situação econômica e cultural da mesma.

2. Apresentação pessoal: Já vi muitas pessoas perderem oportunidades de emprego pelo modo como se apresentaram para a entrevista. Por isso, muita atenção a este aspecto. Procure se vestir um pouco mais formal, é importante passar uma imagem de seriedade e responsabilidade. Se possível, tente conhecer o estilo de vestimenta na empresa e adapte-se a este padrão para a entrevista. De qualquer forma, roupas justas, curtas ou mal cuidadas devem ser evitadas em qualquer situação.

3. Fale a verdade: A dica durante a entrevista é ser natural e espontâneo. Não adianta simular algo que você não é, pois se no dia a dia do trabalho não aparecerem as competências observadas na entrevista e que fizeram a diferença para a contratação, a demissão é algo provável. Além disso, os profissionais acostumados a fazerem entrevistas, tem habilidade para perceber quando o candidato está mentindo. Fale a verdade, seja positivo e fale de suas boas experiências. Jamais fale mal de seu chefe ou de empresas pelas quais passou!

4. Fale! Não permita que a entrevista se transforme em um interrogatório. Seja parte ativa da entrevista! Evite respostas monossilábicas de sim ou não. Complemente suas respostas com fatos e situações que demonstrem suas competências. Lembrando sempre que o equilíbrio é a medida certa: fale, mas não demais.

5. Demonstre interesse: No final da entrevista, se houver espaço, pergunte suas curiosidades sobre a empresa e sobre a continuidade do processo seletivo. Isso demonstra que você está interessado na oportunidade. Sempre tomando cuidado para não perguntar demais e você se transformar no entrevistador. Perguntar sobre salário neste primeiro momento também não é de bom tom, aguarde o entrevistador falar no assunto. Se não você dará a impressão que a única coisa que importa é o dinheiro e, não o emprego em si.

6. Acompanhamento: Não há uma regra quanto a isso, mas sim, o bom senso mais uma vez. Se o entrevistador determinou um prazo para retorno, aguarde este prazo e passado 3 dias da data marcada se não houver retorno, é adequado entrar em contato para verificar o seguimento do processo. Caso não tenha sido fornecida uma data de retorno, o prazo de duas semanas é o mais indicado.

                A principal dica é manter-se calmo, ser espontâneo e vender suas melhores competências. Dicas simples como manter o contato visual e um aperto de mão firme fazem a diferença. Deixe transparecer a sua motivação, o que muitas vezes conta mais que sua experiência. Demonstre a sua busca por realização pessoal e profissional, o desejo de fazer parte daquele time e a sua vontade de contribuir para o crescimento da organização.




quinta-feira, 5 de julho de 2012

As Diferentes Gerações

                Desde o século passado, passou-se a classificar as pessoas por suas gerações no que se refere a uma época específica. É mais viável desta forma, visto que classificar por idade ou renda, por exemplo, é algo mutável. Existem, atualmente, quatro gerações atuantes no mercado de trabalho: Babyboomers, Geração X, Geração Y e Geração Z.
                Os Babyboomers são aquelas pessoas nascidas entre 1946 e 1964, durante a segunda guerra mundial. Possuem este nome, pois houve um incremento da taxa de natalidade no pós-guerra. Em tradução livre, Babyboomers quer dizer “explosão de bebês”. É uma geração que viu o surgimento da televisão e é considerada mais estável, madura em suas decisões e fiéis a marcas. São céticos em relação à autoridade, independentes, transformadores, têm foco no curto prazo, trabalham bem sob pressão e priorizam o trabalho.
                Já a geração X se caracteriza por serem filhos dos Babyboomers. Nasceram nos anos 60  até o final dos 70. Revelaram comportamentos mais rebeldes para a sua época em sua adolescência, como sexo antes do casamento, pouco respeito pelos pais e não acreditar em Deus. Procuram manter sua individualidade, mas não querem perder o convívio com o grupo. Suas preferências são por produtos de qualidade, lutam por seus direitos e querem liberdade. Buscam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, são centrados, empreendedores, independentes, gostam de desafios e trabalham bem em equipe.
            A geração Y refere-se às pessoas nascidas nos anos 80 até meados dos anos 90. É a primeira geração a crescer com a internet. Nasceram quando o mundo estava se transformando em uma grande rede global. Estão acostumados com mobilidade de comunicação e obtenção de informação instantânea. Caracterizam-se por buscar sempre inovação, sendo fiéis a isso e não a marcas. Tem um perfil multitarefas: falam ao telefone, ao mesmo tempo em que digitam uma mensagem e assistem televisão. Isto faz com que sejam assim no ambiente corporativo também: questionadores, ansiosos, rápidos e impacientes. Possuem visão holística, precisam de reconhecimento, desejam crescimento rápido, são imediatistas, informais, autônomos, individualista e dão muito valor a sua vida pessoal.
                E, agora, mais recentemente, fez-se a classificação da geração Z. O Z vem de Zapear. Fazem parte desta geração os jovens nascidos a partir 1994. Estão sempre preocupados com conectividade. Esta nova geração passou a ficar constantemente disponível e conectada através de dispositivos móveis, diferentemente da geração anterior que se conectava somente através de um computador. A geração Z dispõe de todos esses dispositivos em equipamentos portáteis que não os prendem mais a lugar nenhum. TV, videogame, som, celular, internet estão disponíveis e sempre com eles. É um grupo que se preocupa bastante com questões de responsabilidade social e meio ambiente. Vivem em função de inovações, são multitarefas e nativos digitais.
                É interessante conhecer esta classificação, pois ela nos dá ideias de como determinada geração se comporta: qual o seu perfil, como funcionam no mercado de trabalho, como compram, ... Porém, é muito importante ter em mente que não se pode colocar um rótulo taxativo, é apenas um norte. Os especialistas em gestão organizacional estão atentos a estas divisões, pois auxiliam no planejamento estratégico de uma organização, propiciando a possibilidade das empresas estarem preparadas para receber essas gerações no seu dia a dia de trabalho.