quinta-feira, 21 de março de 2013

Conflito e Negociação


                Conflito só pode ser definido como tal quando há a percepção de alguém que o conflito existe. No momento em que uma pessoa se dá conta que a outra parte o afeta ou pode afetar de modo negativo algo importante para ela. Dentro das organizações o conflito engloba: incompatibilidade de objetivos, diferenças de interpretações dos fatos, desacordos, expectativas não atendidas, entre outros.
                A maioria das pessoas tende a encarar o conflito como algo ruim, porém as teorias mais modernas defendem o lado positivo e construtivo do conflito. Ele pode afetar positivamente no desempenho e até mesmo ser considerado absolutamente necessário para a performance eficaz de uma equipe. Algumas teorias defendem até mesmo que o conflito deve ser encorajado em um nível mínimo dentro das organizações para que o grupo permaneça ativo, autocrítico e criativo.
                A classificação mais adequada para um conflito é se ele é funcional ou disfuncional. Os funcionais são construtivos e apoiam o crescimento e desempenho do grupo. Os disfuncionais atrapalham essa performance. Os conflitos de tarefa (objetivo do trabalho e seu conteúdo) e os de processo (como o trabalho é realizado), normalmente, são positivos quando em um nível baixo, pois estimula a discussão de ideias e ajuda a equipe a produzir melhores resultados. Entretanto, os de relacionamento são prejudiciais, impedindo o bom desempenho e a realização das tarefas.
                Algumas empresas, inclusive, têm trabalhado em modelos que estimulam os conflitos funcionais. Por exemplo, a Walt Disney Company realiza reuniões espontâneas e sem regras com a intenção de criar atritos que podem gerar novas e mais criativas ideias. A IBM tem um sistema formal em que os colaboradores podem questionar seus superiores sem sofrerem punições.
                A arte de negociar se torna ainda mais importante em um mundo em que se está enxergando que o conflito é necessário. A habilidade de negociação é utilizada a cada momento em sua vida. Quando você negocia suas férias com o seu chefe, quando seu colega solicita um novo prazo de entrega, quando o fornecedor barganha um novo prazo, entre outros. Atualmente, é preciso trabalhar em equipe dentro das organizações e, por isso, esta competência se torna fundamental.
                É preciso estimular a ocorrência mais frequentemente da negociação que valoriza que ambas as partes ganhem (uma não precisa perder para que a outra se sinta vitoriosa). Ela é mais complexa e mais rara nas organizações, pois exige franqueza e retidão dos envolvidos, além de se preocuparem e serem sensíveis às necessidades do outro, bem como terem confiança mútua e serem flexíveis.
                Veja se consegue da próxima vez enxergar o conflito por outro ângulo. Não existe mudança sem crise. Não existe ideia inovadora e criativa sem questionamento e oposição. Não há processos melhores quando não se pergunta como fazer de forma excelente. Aproveite o conflito para crescer, evoluir e performar ainda melhor.

domingo, 10 de março de 2013

Home Office: Sonho ou Pesadelo?


                Muitas pessoas fantasiam com a ideia de trabalhar em casa. Pensam que poderão ganhar qualidade de vida, flexibilidade de horários e controle de sua própria rotina. Será que trabalhar em casa é mesmo tudo isso? Será que qualquer pessoa pode trabalhar no sistema home office?
                Hoje já existem ao redor de 4 milhões e 500 mil pessoas trabalhando em casa no Brasil. Existe a possibilidade de você poder trabalhar em casa sendo autônomo, empresário ou funcionário de uma empresa. Foi visto que para uma empresa ter funcionários trabalhando em casa pode aumentar a produtividade, além de reduzir os custos da operação, já que se economiza em vale transporte, energia e reduz o número de atrasos.
                Ao conversar com algumas pessoas que trabalham nesse sistema, além de leituras que realizei, pude constatar que trabalhar em casa tem benefícios como: flexibilidade, conveniência e controle sobre a rotina. A pessoa evita pegar ônibus lotado, trânsito e engarrafamentos. É possível conciliar o tempo para o lazer e para a prática de esportes com o trabalho. Além disso, você consegue determinar um ritmo de trabalho mais coerente, reduzindo o estresse e aumentando a sua qualidade de vida. Esta vai desde número menor de reuniões inúteis, não ter interrupções dos colegas a até mesmo a maior participação na educação dos filhos e uma alimentação mais saudável.
                Obviamente não são tudo flores. Trabalhar em casa pode se tornar um pesadelo se você não tiver organização, comprometimento e disciplina. É importante estabelecer uma rotina e um horário de trabalho e seguir com disciplina e foco a sua determinação. O home office se adapta para pessoas que tem habilidade para se autogerenciar eficazmente. De outra maneira, você pode acabar se distraindo com os afazeres domésticos, com a televisão, e não fazer o que realmente precisa para o seu trabalho. É um grande desafio!
                Existem quatro tipos de perfis que, segundo a revista Exame, não se adaptam ao estilo home office: muito jovens ou recém-contratados, workaholics, acomodados ou indisciplinados e aqueles que precisam de interação com os colegas. Os recém-contratados precisam conhecer a rotina da empresa antes de partir para o sistema em casa, além disso, os mais jovens precisam conhecer como é a rotina de trabalhar dentro de uma organização para depois passar a trabalhar em casa. Os workaholics, obviamente, não saberão a hora de parar de trabalhar e cuidar de sua vida pessoal. Os acomodados e indisciplinados não terão a disciplina e o foco necessário para obter um bom rendimento nessa modalidade. E o pessoal que precisa maior interação com os colegas pode adotar um trabalho parte em casa e parte no escritório para realizar-se pessoal e profissionalmente.
                É importante você reservar um espaço adequado para o seu escritório em casa. Ter um ambiente iluminado e confortável facilita. Longe de ruídos e interrupções da família. Além disso, é importante manter a rotina de acordar cedo e vestir uma roupa de trabalho como se fosse trabalhar fora para se sentir realmente produzindo.
                Existem dois principais sabotadores do home Office, que são: os atrativos para distrair e tirar uma folga disponíveis 100% do tempo e o risco de trabalhar demais. Lembre-se: você é o seu chefe, por isso, você depende dos seus próprios resultados. É preciso que o seu rendimento e produtividade sejam iguais ou superiores do que o trabalho dentro da empresa. Algumas mulheres relataram que os filhos são um grande distrator e o apoio da família acaba sendo fundamental para compreender e ajudar.
                Gostaria de agradecer ao grupo Mulheres Empreendedoras no Facebook que contribui com suas percepções de trabalhar em casa para esta coluna.

sexta-feira, 8 de março de 2013



Hoje, dia 8 de março, é comemorado o Dia Internacional da Mulher e quero deixar aqui a minha homenagem a essas guerreiras que vem conquistando mais a cada dia. Parabéns por buscarem desempenhar os diversos papéis que temos com excelência. Permitam-se maior leveza e curtam a beleza de ser mulher! Um feliz dia hoje e todos os outros!

segunda-feira, 4 de março de 2013

A Motivação e o Comportamento Humano


     Motivação vem do latim “motivus” que significa aquilo que movimenta, que faz andar.  É o que faz as pessoas agirem, é aquela força interna que faz fazer, mesclada de razão e emoção que se concentram para alcançar algo, um propósito. Dentro das organizações podemos definir uma pessoa motivada como aquela que usualmente demonstra alto grau de disposição para realizar uma tarefa ou atividade de qualquer natureza.
     O comportamento humano é orientado para a busca de prazer e satisfação, evitando a dor e o sofrimento, para a realização de objetivos. Assim, se obrigarmos as pessoas a realizarem determinadas atividades, elas estarão reagindo à pressão e fazendo somente por obrigação. Entretanto, caso estejam motivadas, realizam a atividade com prazer, e, consequentemente, com eficiência. O seu desempenho é superior.
     Nossas escolhas são influenciadas pelos nossos valores e como vemos o mundo e, por isso, a motivação é subjetiva e individual. O que motiva a mim, não é mesma coisa que motiva a você por sermos seres únicos.
     O comportamento das pessoas dentro da organização é complexo, dependendo tanto de fatores internos (características de personalidade, capacidade de aprendizagem, percepção do ambiente, emoções, valores, etc.) quanto de externos (ambiente, características organizacionais, sistemas de recompensas e punições, fatores sociais, políticas, trabalho em equipe, etc.).
     Alguns fatores que costumam motivar as pessoas dentro de uma empresa são: realização, reconhecimento, trabalho desafiante, maior responsabilidade, crescimento e desenvolvimento. Quando estes fatores são atendidos geram satisfação, quando não o são, existe uma grande chance de acarretar em desmotivação. O ser humano precisa enxergar possibilidade de exercitar suas habilidades ou desenvolver suas aptidões dentro da organização onde está inserido para se sentir motivado.
     Existem outros fatores que geram insatisfação dentro das empresas, como: política administrativa, lideranças, condições de trabalho, salário e relações interpessoais. Estes não produzem motivação em si, mas se não estiverem sendo oferecidos criam insatisfação e impedem um bom desempenho laboral.
     A maioria das empresas parte do princípio de recompensar o que está correto e punir o incorreto no comportamento dos seus colaboradores. Entretanto, é importante observar que recompensar os comportamentos positivos com um valor financeiro se torna inviável, por exemplo. A pessoa acaba incorporando aquilo como natural depois de um tempo e não enxerga mais como uma recompensa, passa a ser parte integrante dos seus benefícios. E aí para haver manutenção da motivação vai ser sempre preciso aumentar o valor, tornando-se inviável para a empresa.
     Por isso, a organização precisa ver a motivação como o processo onde ela provê todos os meios necessários para que o trabalhador realize-se através de seu trabalho e possa alcançar a felicidade no sentido de equilíbrio saudável através do mesmo. É fundamental ceder espaço para que a pessoa enxergue um propósito no trabalho que está exercendo e seja reconhecida por isso, para que sua motivação esteja a pleno e o seu desempenho em um ótimo nível.