Conflito só pode ser definido
como tal quando há a percepção de alguém que o conflito existe. No momento em
que uma pessoa se dá conta que a outra parte o afeta ou pode afetar de modo
negativo algo importante para ela. Dentro das organizações o conflito engloba:
incompatibilidade de objetivos, diferenças de interpretações dos fatos,
desacordos, expectativas não atendidas, entre outros.
A
maioria das pessoas tende a encarar o conflito como algo ruim, porém as teorias
mais modernas defendem o lado positivo e construtivo do conflito. Ele pode
afetar positivamente no desempenho e até mesmo ser considerado absolutamente
necessário para a performance eficaz de uma equipe. Algumas teorias defendem
até mesmo que o conflito deve ser encorajado em um nível mínimo dentro das
organizações para que o grupo permaneça ativo, autocrítico e criativo.
A
classificação mais adequada para um conflito é se ele é funcional ou
disfuncional. Os funcionais são construtivos e apoiam o crescimento e
desempenho do grupo. Os disfuncionais atrapalham essa performance. Os conflitos
de tarefa (objetivo do trabalho e seu conteúdo) e os de processo (como o
trabalho é realizado), normalmente, são positivos quando em um nível baixo,
pois estimula a discussão de ideias e ajuda a equipe a produzir melhores
resultados. Entretanto, os de relacionamento são prejudiciais, impedindo o bom
desempenho e a realização das tarefas.
Algumas
empresas, inclusive, têm trabalhado em modelos que estimulam os conflitos funcionais.
Por exemplo, a Walt Disney Company realiza reuniões espontâneas e sem regras
com a intenção de criar atritos que podem gerar novas e mais criativas ideias.
A IBM tem um sistema formal em que os colaboradores podem questionar seus
superiores sem sofrerem punições.
A
arte de negociar se torna ainda mais importante em um mundo em que se está
enxergando que o conflito é necessário. A habilidade de negociação é utilizada
a cada momento em sua vida. Quando você negocia suas férias com o seu chefe,
quando seu colega solicita um novo prazo de entrega, quando o fornecedor
barganha um novo prazo, entre outros. Atualmente, é preciso trabalhar em equipe
dentro das organizações e, por isso, esta competência se torna fundamental.
É
preciso estimular a ocorrência mais frequentemente da negociação que valoriza
que ambas as partes ganhem (uma não precisa perder para que a outra se sinta
vitoriosa). Ela é mais complexa e mais rara nas organizações, pois exige
franqueza e retidão dos envolvidos, além de se preocuparem e serem sensíveis às
necessidades do outro, bem como terem confiança mútua e serem flexíveis.
Veja
se consegue da próxima vez enxergar o conflito por outro ângulo. Não existe
mudança sem crise. Não existe ideia inovadora e criativa sem questionamento e
oposição. Não há processos melhores quando não se pergunta como fazer de forma
excelente. Aproveite o conflito para crescer, evoluir e performar ainda melhor.