sexta-feira, 30 de março de 2012

A Sociedade da Neve

Artigo publicado no jornal Folha Gaúcha na semana de 24 a 30 de março. 


segunda-feira, 26 de março de 2012

O Relógio e a Bússola

Artigo publicado no Folha Gaúcha na semana do dia 17 a 23 de março.

quinta-feira, 22 de março de 2012

As 6 Necessidades Humanas

Artigo publicado no Folha Gaúcha na semana do dia 10 a 16 de março.

quarta-feira, 14 de março de 2012

O que fazer quando o sangue sobe à cabeça?

Artigo publicado no Folha Gaúcha na semana do dia 25 de fevereiro a 02 de março, bem como no site do Sis Saúde: http://www.sissaude.com.br/sis/inicial.php?case=2&idnot=13804



O que fazer quando o sangue sobe à cabeça?

                A raiva é uma emoção natural do ser humano e, normalmente, é uma reação saudável que avisa que algo não vai bem e nos impulsiona a mudança. Entretanto, pode-se observar hoje que no ambiente de trabalho esta emoção aparece com mais freqüência do que seria preciso e nem sempre é canalizada de uma forma apropriada.
                A pressão por resultados cada vez mais desafiadores, a competição entre colegas, a cobrança de gestores, as fofocas, a falta de ética e de trabalho em equipe faz, muitas vezes, a raiva emergir de forma intensa. O que fazer quando o sangue sobe à cabeça?
                Algumas pessoas utilizam a sua raiva de uma forma positiva: fico com tanta raiva que não alcancei a minha meta e que meu gestor fez uma cobrança mais forte que isto me gera atitudes de buscar estratégias e idéias inovadoras para fazer diferente no próximo mês. Por outro lado, outro colaborador nesta mesma situação poderia ficar com muita raiva, buscar culpados, destratar colegas e estourar com a esposa em casa, tornando-se ainda mais difícil chegar às metas determinadas. Percebe-se que a raiva pode se manifestar desde um mal-estar, passando por um aborrecimento, irritação até uma explosão de fúria.
                A questão fundamental a compreender em primeiro lugar é que manter esta postura de raiva e descontrole não traz benefício nem para o colaborador e tampouco para a empresa. As conseqüências disso é o aumento do absenteísmo, falta de comprometimento, baixa produtividade, alterações no estado emocional, sintomas físicos, dificuldade de convívio com outras pessoas no trabalho, entre outras tantas.
                Existem algumas dicas para lidar de uma forma mais assertiva com esta emoção. Mas antes é importante detectar os detalhes e os motivos que nos fazem experimentar a raiva de forma tão intensa: o que eu penso na hora que me desencadeia a raiva? O que eu sinto? O que acontece? Quais as sensações? Quais os benefícios da minha reação? O que me traz de ruim esta reação?
                É de comum acordo entre especialistas que estudam a mente e o comportamento humano que a raiva precisa ser externalizada, é preciso colocar para fora. Pessoas que possuem alta inteligência emocional sentem raiva, mas expressam a sua insatisfação de uma maneira mais eficaz. Essas pessoas pontuam o que não agradou, mas sem serem rudes ou grosseiras.
                Seguem abaixo algumas dicas para controlar a reação explosiva da raiva e ter atitudes mais assertivas diante de algo que nos desagrada. Leia atentamente, experimente e veja àquelas que lhe fazem sentido e que funcionam para você.

- Tente se acalmar por dentro: tenha pensamentos que lhe acalme, respire e fale devagar.
- Afaste-se momentaneamente da situação de estresse: saia da situação, respire e só volte para resolver a questão quando estiver mais calmo.
- Autoconhecimento: Reconheça o que lhe deixa com raiva, descobrindo quais são os problemas, pense em soluções.
- Clarifique seu objetivo: Pense em qual é o seu objetivo e se o comportamento que você terá com raiva, estará de acordo com o que você busca. Os nossos comportamentos geram os nossos resultados.

sábado, 10 de março de 2012

Flyer

Queridos amigos, compartilho com vocês o flyer de divulgação dos meus serviços de consultoria. É com muito alegria que divido com vocês a evolução do meu trabalho e os resultados dos meus esforços. 



quarta-feira, 7 de março de 2012

18h00 e a caneta caiu!

(Fonte:  Blog Bullyingscorporativos - Postado por Alberto Roitman)


Talvez uma das pressões mais sofridas pelos colaboradores brasileiros e caracterizadas comobullying corporativo, seja aquela motivada pelo fato do funcionário deixar sua estação de trabalho quando batem ás seis horas da tarde (ou o horário em que sua jornada chegou ao fim). Principalmente nos níveis gerencias é quase uma afronta ás normas internas o colaborador levantar-se sua cadeira e deixar a empresa quando o sino bate ás 18h00.

Comentários do tipo: “Está desmotivado”, “Este aí não veste a camisa”, ou “Ele não quer crescer”, são comumente ouvidos no ambiente de trabalho e atribuídos ao funcionário que não extrapola o horário, assim como todos aqueles “pseudo workaholics” deveriam fazer.

Tal comportamento muitas vezes é velado e não se traduz em comentários como os que acabamos de ler. Basta uma rápida troca de olhares entre os colegas, ou até mesmo o sinal de apontar para o relógio de pulso ou na parede, para configurar a interpretação de que “a caneta caiu e o colega já saiu”.

A saída no horário de trabalho é julgada por muitos como uma clara demonstração de desinteresse do funcionário pelo trabalho, pela carreira ou pela empresa. E este julgamento têm se tornado cada vez mais intenso e caracterizado como divisor de águas entre aqueles que merecem ou não merecem crescer profissionalmente.

Os colaboradores que deixam a empresa no horário determinado estão cumprindo o combinado. Imaginem um mundo onde todos cumprissem o combinado. Não haveria inadimplência. Não haveria tantas ações judiciais. Diversos casamentos não teriam acabado. Muitas mortes teriam sido evitadas.

Porém, cumprir o combinado, de tempos para cá, se tornou o grande problema. Qualquer livro de dicas para um futuro presidente de empresa diz que é necessário sempre fazer mais do que o combinado. “O combinado todo mundo faz, mas quer ser presidente? Trabalhe até altas horas, abra mão do tempo em que deveria ficar com sua família e abandone a qualidade de vida”. E assim foi, com muita gente acreditando.
Segundo a Consolidação das Leis do Trabalho, a relação firmada entre o colaborador e a empresa deve ser registrada na carteira de trabalho. E nela, estão informados, além da função e do salário, o horário de trabalho do colaborador. Portanto, há um acordo claro, em que tanto o empregador quanto o empregado sabem o tempo que o mesmo deverá estar á disposição da empresa.

De alguns anos para cá esta relação começou a sofrer descompensações. As promoções começaram a ser atribuídas para aqueles que trabalhavam muito, e não necessariamente para aqueles que trabalhavam com qualidade. Isso somado ao fato de que, para alguns autores, o sucesso corporativo está totalmente atrelado a histórias de esforço descomunal ou dedicação mais do que exclusiva a um empregador. Porém, tais literaturas não sabem ainda lidar com o fato do trabalhador, que cumpriu a risca a receita de bolo, mas que não triunfou. Aquele que se dedicou demais e abriu mão do tempo com a família, e mesmo assim, não chegou lá. Talvez, para esses casos, seja melhor indicar um profissional para cuidar da depressão. 
A verdade é uma só. Aqueles que saem quando as 18h00 batem, estão certos. Aqueles que se envergonham de levantar quando o sino toca e procuram serviço para justificar um tempinho a mais para fazer a “média com a chefia” é quem estão errados.

Três explicações podem justificar o fato do colaborador precisa ficar até mais tarde constantemente. Gostaria de chamar estas explicações de anomalias:

Anomalia 1) O colaborador não tem habilidades, conhecimentos ou atitudes necessárias para fazer o trabalho no horário determinado, portanto, é incompetente para tal, e não faz o que deveria ser feito no tempo determinado. Tal incompetência nem sempre está atrelada ao fato do trabalhador não saber fazer o trabalho em si, mas permitir se envolver em outras atividades, tais como reuniões excessivas, que contaminem o tempo necessário para a realização das atividades “core”. Portanto, se o mesmo fica na empresa, por repetidos dias, além do horário de trabalho acordado, significa que a escolha deste profissional para que realizasse tal trabalho não foi adequada. Desta forma, precisa de treinamento, ou em algumas alternativas, ter sua tarefa retirada e repassada para outro profissional mais competente. Neste caso, a culpa é atribuída ao funcionário e compartilhada por seu líder, que não escolheu o profissional adequado para tal tarefa.

Anomalia 2) O líder direciona trabalho em demasia a um colaborador, sendo impossível que o mesmo seja feito dentro do horário estabelecido. Esta seria a justificativa mais comum a ser ouvida pelo colaborador se perguntarmos por que o mesmo fica até tarde: “Por que meu chefe me despeja trabalho”. Claro, dependendo da quantidade de tarefas a serem realizadas, seria impossível entregá-la dentro das 8 horas estabelecidas pela lei. Com isso, nossa análise se centra em 3 grandes culpados. O primeiro, o próprio colaborador, que, amedrontado por uma possível represália em  recusar o serviço, o aceita sorrindo. Além disso, diversas situações ocorrem em que o profissional entende que quanto mais serviço tiver, mas importante será, ou maior exposição terá. Neste caso, recomendo ás equipes de Recrutamento e Seleção instalarem um “mata burro” na porta da empresa, para evitar que se contratem profissionais com esta mentalidade. Precisamos muito mais de qualidade do que quantidade. Em segundo lugar, novamente, a culpa do líder direto que despeja a quantidade irregular de trabalho em seus colaboradores. Quer medir se seu colaborador é um bom líder? Visite a estação de trabalho dele as 18h30. Se houver uma quantidade enorme de pessoas da sua equipe trabalhando, bingo, seu funcionário não sabe delegar. Um forma adequada de medir um líder em uma organização é avaliar a qualidade de vida corporativa de sua equipe. Uma avaliação 360º é mais do que necessária uma vez ao ano. Mas empresas que não a fazem, invariavelmente têm medo de lidar com os possíveis resultados. Em terceiro lugar, a culpa é da empresa, que mesmo sabendo que os colaboradores estão trabalhando mais do que deveriam, omitem-se e acham isso lindo.

Anomalia 3) O colaborador tem problemas pessoais fora da empresa e não quer ir para casa. Neste caso, a empresa tem a obrigação de avaliar se o mesmo precisa amparo psicológico ou de outro profissional para a solução de seus problemas. De qualquer forma, se a casa do funcionário não for o melhor ambiente para ele querer estar, a empresa não poderá substituí-la.

Por sua vez, o profissional que deixa a empresa no horário combinado pode não estar desmotivado, como a maioria dos colegas alega. Segundo o Ministério da Educação, em 2010, 27% dos executivos de média gerencia estavam fazendo algum tipo de pós-graduação ou curso de aperfeiçoamento profissional. Segundo o Ministério da Saúde, 38% das famílias brasileiras têm algum ente com a saúde debilitada, que necessitem cuidados médicos e acompanhamento constante familiar. 68% da população mundial, pasmem, isso não é pouco, tem fortes problemas com insônia. 50% da população brasileira mora a mais de 10 kilometros do local de trabalho, o que se tratando de uma grande capital, significa por volta de 1 ou 2 horas de deslocamento no trânsito todos os dias. Isso sem falar na quantidade de pessoas que possuem um “segundo turno”, como professores em faculdades, pesquisadores, músicos que ganham uma caixinha extra fazendo uma apresentação aqui, ou acolá...

Portanto, aquele que vai embora no horário, invariavelmente vai estudar, tem alguém doente na família, está com déficit de sono, mora longe ou está tratando de ganhar um pouco mais. Errado está você, em ficar com a caixa de email aberta, dando refresh para ver se cai algum pepino para ser resolvido. Motivação não se mede pelo horário de trabalho, mas sim, pela qualidade da entrega.

Os que deixam a empresa no horário combinado são aqueles que podem estar mais motivados com seu trabalho, até porque fazem o mesmo no horário combinado, empregam a qualidade necessária para tal, e com isso, esperam serem recompensados para isso. Errado mesmo são aqueles que ficam. Portanto, se da próxima vez, você ouvir a velha frase: “Está desmotivado?” quando estiver saindo ás 18h00, agora você pode responder: “Não meu amigo (a), quem está com algum problema é você!”

Quer melhorar sua vida corporativa? Comece saindo no horário!

sábado, 3 de março de 2012

Coluna no Jornal Folha Gaúcha ed. 046 - Rio Grande


Transformando suor em ouro

                Durante as férias sobra aquele tempinho para lermos alguns livros que durante o ano adoraríamos de ter lido, mas não conseguimos. Gostaria de falar hoje sobre um livro que li há pouco tempo e que deixo como sugestão de leitura. O nome do livro é Transformando Suor em Ouro do técnico de vôlei Bernardinho.
                O livro trata sobre a trajetória deste treinador: suas vitórias e derrotas, suas estratégias em campo e fora dele. Ainda que a obra fale sobre um esporte, o tempo todo é possível fazer um comparativo com o mundo dentro das organizações. É um livro que trata acima de tudo sobre liderança, perseverança, trabalho em time, motivação e superação.
                A primeira grande lição do livro que gostaria de compartilhar com vocês leitores é a fórmula “Trabalho + Talento = Sucesso”. Bernardinho deixa claro que não basta ter talento, é preciso esforço e dedicação para se alcançar o sucesso. O mesmo ocorre dentro de uma organização. Ainda que sejamos muito bons em uma área, teremos que nos dedicar e nos esforçar para atingir o merecido sucesso. É preciso que os outros percebam o nosso talento e comprometimento para ser possível atingir os resultados almejados.
                Complementando esta idéia, é citado no livro que é necessário criar um espírito de equipe para que o desempenho do time junto seja muito superior a soma de talentos individuais. Trabalhar em time significa ter um objetivo comum que é mais importante do que objetivos individuais. Todos dentro de um grupo precisam buscar a excelência, ou seja, realizar da melhor maneira possível suas metas. O autor ressalta que a vitória é muito importante, mas mesmo assim não supera a relevância da certeza de se ter feito todo o esforço para conquistá-la.
                Por isso, é interessante compartilhar desta idéia dentro do nosso trabalho. A competitividade dentro das organizações faz com que sejamos cada vez mais individualistas, entretanto se soubéssemos que a interação e a troca de idéias com nossos colegas podem gerar resultados mais significativos do que aqueles alcançados individualmente, passaríamos a atuar de uma forma diferente.
                As boas performances são resultados de entusiasmo e muita preparação. Mesmo quando um time vem vencendo constantemente, não é bom cair no comodismo, pois estes sucessos são resultados da preparação. Além disso, é preciso paixão no que se faz, é ter brilho no olho, é sentir prazer em realizar. É este o diferencial no desempenho de atletas em campo e de colaboradores em seus respectivos trabalhos ou empreendimentos.
                Traçar metas ambiciosas e cada vez mais desafiadoras traz estímulo para o crescimento e aprendizado. Bernardinho afirma que, muitas vezes, acreditamos poder menos do que realmente podemos. Por isso, desafie-se e queira mais. Lembrando sempre de traçar metas ambiciosas, mas realizáveis, pois a intenção é a superação e, não, a frustração.
                Eu teria muito mais o que compartilhar sobre este livro, mas esta é só uma palhinha. Vale à pena conferir na íntegra, pois as idéias de Bernardinho podem ser muito bem aproveitadas dentro das empresas.

Coluna no Jornal Folha Gaúcha ed. 045 - Rio Grande