quarta-feira, 14 de março de 2012

O que fazer quando o sangue sobe à cabeça?

Artigo publicado no Folha Gaúcha na semana do dia 25 de fevereiro a 02 de março, bem como no site do Sis Saúde: http://www.sissaude.com.br/sis/inicial.php?case=2&idnot=13804



O que fazer quando o sangue sobe à cabeça?

                A raiva é uma emoção natural do ser humano e, normalmente, é uma reação saudável que avisa que algo não vai bem e nos impulsiona a mudança. Entretanto, pode-se observar hoje que no ambiente de trabalho esta emoção aparece com mais freqüência do que seria preciso e nem sempre é canalizada de uma forma apropriada.
                A pressão por resultados cada vez mais desafiadores, a competição entre colegas, a cobrança de gestores, as fofocas, a falta de ética e de trabalho em equipe faz, muitas vezes, a raiva emergir de forma intensa. O que fazer quando o sangue sobe à cabeça?
                Algumas pessoas utilizam a sua raiva de uma forma positiva: fico com tanta raiva que não alcancei a minha meta e que meu gestor fez uma cobrança mais forte que isto me gera atitudes de buscar estratégias e idéias inovadoras para fazer diferente no próximo mês. Por outro lado, outro colaborador nesta mesma situação poderia ficar com muita raiva, buscar culpados, destratar colegas e estourar com a esposa em casa, tornando-se ainda mais difícil chegar às metas determinadas. Percebe-se que a raiva pode se manifestar desde um mal-estar, passando por um aborrecimento, irritação até uma explosão de fúria.
                A questão fundamental a compreender em primeiro lugar é que manter esta postura de raiva e descontrole não traz benefício nem para o colaborador e tampouco para a empresa. As conseqüências disso é o aumento do absenteísmo, falta de comprometimento, baixa produtividade, alterações no estado emocional, sintomas físicos, dificuldade de convívio com outras pessoas no trabalho, entre outras tantas.
                Existem algumas dicas para lidar de uma forma mais assertiva com esta emoção. Mas antes é importante detectar os detalhes e os motivos que nos fazem experimentar a raiva de forma tão intensa: o que eu penso na hora que me desencadeia a raiva? O que eu sinto? O que acontece? Quais as sensações? Quais os benefícios da minha reação? O que me traz de ruim esta reação?
                É de comum acordo entre especialistas que estudam a mente e o comportamento humano que a raiva precisa ser externalizada, é preciso colocar para fora. Pessoas que possuem alta inteligência emocional sentem raiva, mas expressam a sua insatisfação de uma maneira mais eficaz. Essas pessoas pontuam o que não agradou, mas sem serem rudes ou grosseiras.
                Seguem abaixo algumas dicas para controlar a reação explosiva da raiva e ter atitudes mais assertivas diante de algo que nos desagrada. Leia atentamente, experimente e veja àquelas que lhe fazem sentido e que funcionam para você.

- Tente se acalmar por dentro: tenha pensamentos que lhe acalme, respire e fale devagar.
- Afaste-se momentaneamente da situação de estresse: saia da situação, respire e só volte para resolver a questão quando estiver mais calmo.
- Autoconhecimento: Reconheça o que lhe deixa com raiva, descobrindo quais são os problemas, pense em soluções.
- Clarifique seu objetivo: Pense em qual é o seu objetivo e se o comportamento que você terá com raiva, estará de acordo com o que você busca. Os nossos comportamentos geram os nossos resultados.

Um comentário:

  1. Ótimo assunto para ser abordado, Érica! E ótimo texto.
    Essa é uma questão bem complicada e, infelizmente, muito comum.
    Parabéns pelas publicações.

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