terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A Sociedade da Neve

                Estou lendo um livro chamado A Sociedade da Neve escrita por Pablo Vierci, que retrata os 72 dias vivenciados nos Andes pelos 16 sobreviventes uruguaios jogadores de rugby que sofreram um acidente aéreo na região. Um livro emocionante, tocante e que traz a tona uma reflexão de vida que se pode ver por diversas vertentes. A que mais me marcou neste momento foi o trabalho em equipe, a determinação, a solidariedade e a harmonia que reinou nestes quase 3 meses.
                Para quem não conhece a história, os jogadores estavam retornando do Chile e sofreram um acidente nos Andes onde foram dados como mortos e suspendidas às buscas. Sobreviveram a quatro mil metros de altura, com 30 graus abaixo de zero, sem abrigo e comida. Dormiam abraçados para manter o calor, derretiam a neve ao sol para beber água sem queimar suas gengivas e caírem seus dentes, criaram com as sobras do avião equipamentos necessários para sua sobrevivência e tiveram que alimentar-se de seus companheiros mortos para manterem-se vivos.
                O código da sociedade da neve era diferente da sociedade dos vivos, todos eram considerados iguais e foi uma experiência incrível e riquíssima no que se refere ao comportamento humano. As competências que fizeram a diferença para que 16 deles sobrevivessem foi o trabalho em equipe, a persistência, os afetos, a inteligência e, acima de tudo, a esperança.
                Como se pode levar estes aprendizados para o nosso dia-a-dia hoje no mundo corporativo? No ambiente de trabalho atual reina a competitividade, a agressividade, o individualismo e a indiferença. Quais são os ganhos que se tem com estas atitudes tão negativas?
                É preciso pensar em si, no crescimento individual e na carreira, porém, acima de tudo, é necessário manter em mente que uma equipe tem mais forças do que um indivíduo sozinho. Tenho certeza que se não houvesse o trabalho em equipe na montanha, não teriam sobreviventes. Se não tivessem se apoiado mutuamente, dando esperanças quando alguém estava se sentindo derrotado, a história teria sido diferente. Por que quando o meu colega está para baixo, eu não o apoio e ajudo a motivá-lo ao invés de me valorizar em cima dessa situação?
                Levemos como aprendizado para a nossa vida, a experiência trágica nos Andes. Que sejamos mais companheiros, afetivos com os nossos colegas para que juntamente com a nossa persistência, inteligência e foco consigamos alcançar os nossos objetivos de maneira harmônica e plena. 

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